Sinceramente, as pessoas que mais esperavam ansiosamente por " Circulo de Fogo " eram os adultos na faixa dos 30 anos, por causa das séries japonesas Evangelion, Ultraseven entre outros. Ou então por causa do Godzila e de outros monstros gigantes da época. Isso porque, o filme de 2013, traz os Jeagers, que são robôs do tamanho de prédios enormes lutando contra os Kaijus, monstros gigantes que saíram de uma fenda dimensional no fundo do Oceano Pacífico. Mas como eu não tenho esses 30 anos, eu só vi o Godzila de 1998, que eu adorei. Então, eu esperava muito este filme. Não pelas séries japonesas no passado, e sim por Guilherme Del Toro, o ótimo diretor do filme. Os trailers já mostravam tudo que o filme prometia, com efeitos incríveis. Então eu pensei: " O que será ver esse filme no cinema em 3D ? ".
Bom, depois que eu vi o filme em 3D no cinema, eu posso dizer que eu esperava mais. Acho que foi muito pouco tempo, para um filme que merecia muito mais. Então vamos começar do elenco, com Idris Elba, que mesmo sendo coadjunvante, foi forte e sério em sua atuação. E também a já velha amiga de Del Toro, a japonesa Rinko Kikuchi, que conseguiu surpreender. Charlie Hunnam é o protagonista masculino do filme, que tem uma história, mas na atuação do ator, nada de se destacar. E para fechar o elenco, que tal uma ótima participação de Ron Perlman, que estava extremamente gozado no filme; e para quem não conhece o ator, ele era ( ou pode voltar a ser ) o Helboy.
O roteiro foi muito bom, bem escrito, com tiradas ótimas. E quem está nessas tiradas é a ótima dupla Charlie Day e Burn Gorman, dois cientistas que descobrem os planos dos Kaijus. O roteiro é bem politico, mostrando bastante a imprensa em volta dos acontecimentos ( principalmente no começo ). E tudo dado nesse filme, pode ajudar numa sequência.
Os efeitos visuais são o que mais te prende e te chama no filme. Efeitos realistas, que fazem você parar para pensar se são reais, ou tudo isso é apenas a magia do cinema. A fotografia escura usada nas lutas entre os Jeagers e os Kaijus deixam tudo ainda mais real. O som também é um mérito do filme, principalmente nas cenas de ação e luta. Na verdade, nas lutas, tudo é perfeito: efeitos, trilha, edição e mixagem de som, câmera, fotografia, etc... E também nas cenas de conversa, onde a trilha ajuda bastante a você ficar atento nas falas. Mas o que me decepcionou no filme, foi o final, que eu esperava longo, e épico, e foi bem rápido, sem nenhuma cena que te faça lembrar para a vida toda. Acho que faltou um toque de exagero de Guilhermo Del Toro no final do filme, talvez umas batalhas mais longas e grandiosas, com o mesmo toque que foi usado nas batalhas de Hong Kong. Talvez, um toque de grandiosidade no final.
No final das contas, um filme em que todos os nerds, e até os que não são nerds vão lembrar para a vida toda. Pois ao todo, o filme é grandioso, épico, e com certeza, vai marcar a vida e a carreira de vez do diretor Guilhermo Del Toro.