Só a reunião desse elenco incrível já valeria a conferida nesse filme, por mais que não seja uma obra excepcional. Obviamente as melhores cenas se dão justamente devido aos ótimos atores, com destaque fácil para os embates entre Meryl Streep e Julia Roberts, que têm, de longe, as melhores cenas. Chris Cooper, Ewan McGregor e Margo Martindale também têm boas atuações, como de costume, mas o destaque se dá também pela presença da pouco conhecida Julianne Nicholson, fazendo uma das três irmãs dessa família desestruturada. Já a decepção fica por conta de Juliette Lewis, que não diz muito a que veio, até porque não teve muito tempo em cena pra isso, e Abigail Breslin, que teria exigido uma quantia extra caso ganhasse o Globo de Ouro e/ou o Oscar por sua atuação. Coitadinha, ela não corre o risco de ficar um pouco mais rica, pois sua personagem é a das mais mal construídas. E é aí que mora o problema de Álbum de Família. São muitos personagens para pouco tempo de filme, e alguns deles são muito pouco trabalhados. O romance proibido de Ivy (Julianne Nicholson) com seu primo Little Charlie (Benedict Cumberbatch) causa interesse, mas é tratado com muita superficialidade justamente por falta de tempo. Isso para citar um só exemplo. De resto, o filme traz ótimas cenas de lavação de roupa suja em família, onde uma mãe megera magistralmente interpretada por Meryl Streep tem que enfrentar a todos, principalmente à personagem de Julia Roberts, por suas inúmeras divergências comportamentais e de temperamento. O final é pouco criativo, e até mesmo anticlímax, mas não apaga diálogos afiados e bem escritos, à la Tennessee Williams, além de atuações dignas de prêmios.