Ao Alcance da Mão.
Pensar na possibilidade de executar qualquer desejo ao balançar de uma das mãos seria algo, ao mesmo tempo fascinante e assustador. Existem muitas possibilidade para algo tão imenso em termos de alcance, talvez por isso que o nome dessa produção estrelada pelo divertido Simon Pegg seja Absolutely Anything.
Condenada pelo conselho intergalático a ser dizimada devido a ações de seus habitantes, a Terra recebe uma chance de redenção para manter-se na posteridade. Como meio de provar que ainda é merecedora de continuar existindo, um único terráqueo é escolhido para mostrar que sabe diferenciar, de forma perspicaz, a diferença entre fazer o bem e o mal. É aí que entra Neil (Pegg), um desastrado professor do ensino médio já cansado da vida sem muitos atrativos e repleta de monotonia. Para garantir o amanhã da terra e de seus habitantes, ele recebe o poder de fazer o que quiser, bastando citar o desejo e balançar a mão direita, isso servirá para mostrar que um humano normal sabe aproveitar seus dons para fazer ou bem... ou o mal.
Bom, apesar de premissa nada inventiva, a presença do lendário Monty Python daria um certo conforto de que teríamos uma comédia, no mínimo, divertida, mas não é bem isso que acompanhamos. Praticamente todas as (escassas) piadas soam constrangedoras, sem qualquer timing, mesmo tendo a participação de Pegg em grande parte delas. Algumas até mostram um toque criativo, como a cena do banheiro em que Neil faz alguns desejos para melhorar sua aparência física, o resultado é capaz de trazer um simpático sorriso no canto do rosto, mas só!
O diretor Terry Jones, ex Monty Python, mostra uma tamanha incapacidade para aproveitar seu bom elenco, incluindo aí Kate Beckinsale e Rob Riggle, uma vez que tudo soa caricato e forçado, como se fosse um ensaio. Nem Simon Pegg se salva, e olha que o cara deveria fazer rir só de aparecer em cena.
A bem da verdade é que ABSOLUTELY ANYTHING encanta pelo trailer que mostra as únicas possíveis cenas engraçadas, mas que naufraga ferrenhamente quando vistas no filme de fato. É um filme curto e relegado, merecidamente, ao esquecimento.
Obs.: Tristemente, este é o filme de despedida de Robbin Willians, que aqui dubla o cachorro Dennis, uma lástima.