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    Lola
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Lola

    A história se repete

    por Roberto Cunha

    Alguns filmes chegam no circuito trazendo um sopro de novidade e isso, em boa parte das vezes, tem chances de gerar bons resultados. Outros, apostam na ideia de que refilmar pode ser o suficiente para dar certo e, por conta disso, correm mais riscos porque a comparação será sempre inevitável. Lola é a versão americana do francês Rindo à Toa (2008) e tem um diferencial em relação as refilmagens "tradicionais": a direção e o roteiro são da mesma pessoa. Deu certo então? Essa é uma pergunta que não dá para responder de bate e pronto. Vejamos ...

    Lisa Azuelos retorna ao comando da história da adolescente Lola (Miley Cyrus), às voltas com as típicas angústias e descobertas dessa fase da vida. Em paralelo, sua mãe separada (Demi Moore) também tem lá suas "crises" e dificuldade de seguir adiante sem a presença constante da figura masculina ao lado. Ela controla e aconselha (é normal), mas diz a máxima que se conselho fosse bom não se dava, se vendia, e a filhota dá uns vacilos e a mãe também entra na dança, mostrando que a história se repete. Só mudam as idades.

    Sem querer inventar a roda, o roteiro deixa Lola apresentar para você a turma dela, com direito a melhor amiga, amigo, um nerd, uma (nem tanto) amiga mais insinuante para os meninos (apelidada de post it), uma primeira viagem com amigos e por aí vai. É nesse contexto que se desenrolam as questões como virgindade, drogas, traição, amizade e, claro, o amor. Essa estrutura convencional e a sensação de que o tema batido resultará em um filme sem atrativos pode ser compensada por uma música legal e um humor "bemmm" leve. Para se ter ideia, tem até Rolling Stones na trilha. 

    Entre as curiosidades, uma associação preconceituosa sobre a maneira de brasileiras se depilarem e duas divertidas cenas de adultos fumando maconha. A dúvida mesmo é saber se, para quem viu a naturalidade de Sophie Marceau e Christa Theret, mãe e filha originais, irá curtir, por exemplo, a voz e jeito de falar insuportáveis de Cyrus. Se bem que a moça tem fãs de montão e isso pode não ser problema algum. Portanto, se um longa todo certinho, com jeitão previsível e mensagem positiva no final não te assustam, pelo contrário, te agradam, vá em frente. Você pode até não rir à toa, mas chateado é que não vai ficar. Boa sessão! ;)

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