Assisti o remake americano do aclamado longa Sul-coreano ‘’Oldboy’’. Posso dizer que é muito exagero por parte dos críticos caírem matando sobre o filme, mas que também, a nova película não promete nada de tão espetacular.
Vamos lá, nessa refilmagem dirigida por quem nada menos que Spike Lee buscando preservar uma atmosfera bem sangrenta e delirante, o que eram elementos consagradores na versão coreana. Sem muito lero-lero Spike Lee apresenta de maneira direita e limpa a vida de Joey Doucett (Dae-su Oh na versão coreana), sendo ele um empresário arrogante, traiçoeiro e uma pessoa solitária. Da mesma maneira que o longa coreano, Joey numa noite para se apagar da memória, decide tomar todas e acaba por cai inconsciente no chão, após isso, acorda num quarto fechado sem pode sair dele ou se quer se comunicar com alguém, ao qual, permanecerá nesse local por precisos 20 anos, a beira de sua própria loucura e descobrindo por um comunicado jornalístico na televisão que sua ex-mulher, o marido dela foram brutalmente assassinados, sua filha sobrevive e o principal suspeito é o próprio Joey. Até ai os primeiros 40 minutos do filme funcionam muito bem, Spike conseguiu envolver bem a atenção do telespectador, consegue-se perceber que não se trata de um mocinho como protagonista e sim um personagem tão podre quanto o próprio vilão. Depois de duas décadas nesse cubículo, Joey é libertado dentro de uma enorme caixa, com um celular e muita grana, nisso ele recebe informações via celular que sua filha está nas mãos desse suposto vilão que se apresenta em boa parte do filme no anonimato e que está com os dias contados, com isso, Joey segue na luta contra o tempo para descobrir quem é o vilão? por que ficou 20 anos preso? e por que foi libertado?
Parecia ser mais uma obra fantástica de Spike Lee, porém, não é isso que ocorre. Alguns erros são evidentes no filme como a falta de controle em certas cenas e jogos de câmera. O diretor trabalha num clima bem sangrento, no entanto, funciona bem em outros momentos cai no exagero e acaba sendo frustrante. Nos momentos que necessita-se uma dose a mais de violência, cortes de cenas são evidentes, desapontando o telespectador. As cenas de ação são excelentes e menos secas que a versão anterior (Embora, isso seja excelente devido ao estilo do filme), a trilha sonora também é muito boa acompanhando o estilo desse novo longa. Algumas diferenças podem ser notadas nesse longa, mas que não são ruins em alguns aspectos, já em outros, são péssimos. Não veremos uma cena de Joey devorando um polvo vivo, mas veremos a referência a ela, nem mesmo a própria narração do personagem, entendendo sua mente que se tornou insana no decorrer dos 20 anos preso, o que torna pontos bem negativos ao filme, fora os flashbacks que desastrosos. O final do filme simplesmente é muito ruim e clichê, não acompanhando o ritmo e mentalidade do filme, que se propôs ao dinamismo e doses boas de violência.
Atuações, Josh Brolin está excelente no papel de Joey, com uma evolução na aparência e forma física bem notada no filme, juntamente ao estilo atrasado do personagem aos avanços da modernidade. Elisabeth Olsen faz bem o seu papel, diga-se de passagem, até melhor que a atriz coreana. Samuel L Jackson, como já é figurinha marcada em Hollywwod sempre fazendo uma pontinha nos filmes, mas não vacila em sua atuação e deixa sua marca no filme. Shartlo Copley, fez uma boa atuação, mas seu personagem não transmite o mesmo tom frio e sombrio da versão coreana, porém, seu esforço é bem reconhecido.
Portanto, ‘’Oldboy – Dias de Vingaça’’ é um remake que não vinga, não estamos diante do pior filme de Spike Lee, porém, não estamos diante de seus melhor. Vale o ingresso, claro, se for pagar meia.