Crítica do filme Hancock por Carlos Henrique S.

Sem fazer qualquer tipo de comparação aos excessos de filmes de herói no momento atual,Hancock surgiu em 2008 como uma forma de apresentar algo menos heróico - Anti-herói - Sem aquela coisa do herói amado por todos.Só por isso já valeria a investida no filme,que é bom até uma dado momento,quando ele se entrega de vez à um filme de herói comum.

Acho muito divertido o primeiro ato,onde Peter Berg apresenta o Hancock como um cara completamente diferente - Repito,para aquela década em que o filme foi lançado - Um bêbado e mal educado - Will Smith bastante carismático - Que recebe a justa responsabilidade pelos seus atos inconsequentes - Algo que parece não existir nas grandes batalhas de filmes de heróis - À partir daí a jornada de redenção do Hancock na tentativa de uma construção heróica possui um clima cômico bastante funcional com direito à cenas bem exageradas que casam bem com o estilo do próprio personagem.

Assim essa primeira parte do filme encontra pelo menos uma boa justificativa de desenvolvimento.É aí que entra uma segunda parte que entra até um pouco tarde,uma grande questão para as relações difíceis.O amor enfraquece até o mais forte dos homens ou das mulheres,juntos parece que ambos estão vulneráveis,é uma relação difícil de se manter,e a única solução para fortalecer ambos é justamente a separação.

É muito interessante esse arco que o filme propõe,mas também é um arco que serve mais como uma alavanca para o filme se entregar à forma melodramática que muitos filmes de heróis possuem e acaba por deixar aquele produto bem piegas.