Carlos Henrique S.
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Ring - O Chamado
Ring - O Chamado
3,0
Enviada em 30 de outubro de 2020
Hideo Nakata mostra um interesse muito forte nas sensações que os cenários do filme são capazes de fornecer, o horror mais visual é chutado de lado para sustentar o horror no mistério, na sensação do mal à sua volta.

A mise-en-scène do Nakata é bastante claustrofóbica, dá a impressão desse túnel sem saída, de que o tempo é como os espaços do filme, curtos. São 7 dias para poder achar uma solução e continuar vivo, para isso é necessário ceder seu tempo ao que a protagonista faz: Investigar. Acredito que o Nakata tem um potencial dramático forte dentro do arco entre mãe e filho, ela não possui tempo para ele, mas precisa renunciar o cargo de mãe em prol de seu ambiente de trabalho.

Mas é impressionante o quão raso é essa dramatização e como próximo ao terceiro ato, o filme ganhe resoluções muito jogadas dentro da obra. O mistério parece cair como um poder de clarividência - E isso realmente acontece - Mas gosto desse tratamento mais sensorial com o horror, Sadako parece habitar-se na escuridão, é um filme que realmente não quer assustar simplesmente com algo muito visual e segura isso até o fim.