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    Retrospectiva 2016: 20 decepções do cinema e da TV

    Já pode pular logo para 2017?

    É uma verdade universalmente reconhecida que 2016 foi um ano puxado. Muitas tragédias, tensões políticas... No mundo audiovisual, também não foi diferente. Teve preconceito, situações embaraçosas, desilusões, fracassos e polêmicas. Chegou a hora de relembrar as maiores decepções do cinema e da TV!

    Fica aqui a torcida: menos ódio e mais amor para 2017, por favor!

    Polêmica dos ingressos de Dez Mandamentos - O Filme.

    A adaptação da novela bíblica se tornou o filme brasileiro com maior número de ingressos vendidos na história. O problema é que tal feito surge no meio de uma grande polêmica: a denúncia que a Igreja Universal do Reino de Deus comprou milhares de entradas para distribuí-las entre os fiéis. Saíram até imagens de sessões esgotadas com várias cadeiras vazias. Afinal, quantas pessoas realmente assistiram Os Dez Mandamentos - O Filme?

    Vinyl tentou ser hit, mas virou disco riscado.

    Com produção de Martin Scorsese e Mick Jagger, Vinyl era uma grande aposta da HBO e chegou a ser renovada para a segunda temporada. Porém, a série não agradou e nem mesmo os atores Bobby Cannavale, Ray Romano e Olivia Wilde conseguiram salvar o show. Resultado? A emissora voltou atrás e decidiu cancelar a produção.

    Fuller House ficou presa nos anos 1990.

    Continuar o legado de uma série querida como Três É Demais não é tarefa fácil. Retomando boa parte do elenco original, Fuller House até conseguiu conquistar o público, mas não traz nenhuma novidade para a história da família Tanner. Repetiu a mesma premissa da série original, ainda segue os padrões das comédias dos anos 1990 e vive fazendo piadas sobre as ausências de Mary-Kate e Ashley Olsen. Que grosseria!

    A Saga Divergente "flopou".

    Lembra quando todo mundo apostava que a Saga Divergente era o "novo Jogos Vorazes"? O terceiro filme da franquia, Convergente, decepcionou nas bilheterias, arrecadando somente US$ 66 milhões nos Estados Unidos - menos da metade do resultado de Insurgente. O fracasso foi tão feio que os estúdios Lionsgate tomaram uma decisão inesperada: lançar o último filme, Ascendente, diretamente na televisão. Só que os astros Shailene Woodley e Theo James não gostaram da ideia... Vixi!

    Mortes de personagens LGBTQ nas telinhas.

    O número de personagens LGBTQ cresceu na TV? Sim, porém eles foram as principais vítimas de mortes chocantes. Com a comoção na internet após o final trágico de Lexa (Alycia Debnam-Carey) em The 100, a questão gerou polêmica na mídia, apontando que tais mortes surgem com o intuito de aprofundar o arco narrativo de personagens heterossexuais. Achou exagero? Olha a lista: Orange is The New Black, The Walking Dead, Game of Thrones, House of CardsThe Vampire Diaries foram só algumas das séries com essas tramas.

    Chuva de continuações desnecessárias.

    Levante a mão quem achou extremamente importante ver tantas continuações como Independence Day : O Ressurgimento, O Caçador e a Rainha de Gelo, As Tartarugas Ninja - Fora das Sombras, Casamento Grego 2, O Bebê de Bridget Jones e Zoolander 2. Cri cri, cri cri... 2016 apresentou um excesso de sequências, porém a maioria delas decepcionou crítica e público. Quando Hollywood vai perceber que, as vezes, é melhor fazer a Elsa e mandar um "Let It Go"?

    DC não empolgou.

    Batman Vs Superman - A Origem da Justiça e Esquadrão Suicida até se deram nas bilheterias - o primeiro não atingiu US$ 1 bilhão, mas arrecadou US$ 873 milhões, enquanto os vilões surpreenderam com US$ 745 milhões. Mas ambos não foram aprovados pela crítica e dividiram os fãs. No final das contas, personagens como Batman (Ben Aflleck), Mulher-Maravilha (Gal Gadot) e Arlequina (Margot Robbie) foram bem desenvolvidos, mas a construção do Universo Estendido da DC deixou a desejar. Será que o filme solo de Diana Prince e Liga da Justiça terão mais sorte?

    Irmãos Cohen lançaram um filme e você provavelmente nem lembrava

    Quando você pensa em Joel e Ethan Coen, logo pensa em "favorito ao Oscar". Porém, este não foi o caso de Ave, César!. Mesmo com um elenco formado por George Clooney, Josh Brolin, Scarlett Johansson, Channing Tatum, Josh Brolin, Tilda Swinton e Ralph Fiennes, a comédia sobre a Hollywood dos anos 1950 passou desapercebida.

    O Maior Amor do Mundo é uma triste despedida para Garry Marshall

    Repetindo a fórmula de Idas e Vindas do Amor e Noite de Ano Novo, O Maior Amor do Mundo foi massacrado pela crítica e não teve um bom desempenho nas bilheterias. O que torna a situação ainda mais triste é que este foi o último filme de Garry Marshall, cineasta aclamado e responsável por Uma Linda Mulher, Noiva em Fuga e O Diário da Princesa, que faleceu aos 81 anos.

    Johnny Depp

    O eterno Jack Sparrow navegou por águas turbulentas em 2016. Foi acusado de violência doméstica contra a ex-esposa Amber Heard e, pelo segundo ano consecutivo, foi o ator menos rentável em Hollywood. Isso sem falar que Alice Através do Espelho foi decepcionante. Ele ainda voltou a criar polêmica quando foi confirmado como o o vilão Grindelwald na franquia Animais Fantásticos e Onde Habitam - o que não agradou os fãs da saga criada por J.K. Rowling.

    Não está sendo fácil se despedir de Agent Carter

    Apesar da queda de qualidade na segunda temporada de Agent Carter, a ABC surpreendeu ao cancelar o show da eterna namorada do Capitão América (Chris Evans). Fãs ficaram desolados, fizeram campanha para a série entrar no catálogo da Netflix, Hayley Atwell apoiou a ideia e estava pronta para retomar a personagem, mas o público teve que se despedir de Peggy Carter.

    X-Men: Apocalipse ou vilão de Power Rangers?

    Desde que foi divulgada a primeira imagem de Oscar Isaac como o mutante Apocalipse (que mais parecia com Ivan Ooze, aquele vilão de Power Rangers), todo mundo ficou com um pé atrás sobre o novo longa da franquia X-Men. Infelizmente, o medo se concretizou. O roteiro de X-Men: Apocalipse é fraco e previsível, com vilões superficiais e cenas de ação artificiais. Pelo menos, a cena do Mercúrio (Evan Peters) é bem legal, vai...

    Época de blockbusters foi bem... ruim

    O verão norte-americano (entre maio e agosto) é a época preferida para lançamentos dos principais blockbusters do ano. Mas 2016 foi uma época de "bombas" que não empolgaram os cinemas. Ben-Hur, O Bom Gigante Amigo, Warcraft, A Lenda de Tarzan, A Era do Gelo - O Big Bang são exemplos desta seleção de filmes fracos. Apenas algumas produções como Capitão América: Guerra Civil e Procurando Dory agradaram os espectadores... Vamos caprichar, galerinha!

    O preconceito com Caça-Fantasmas.

    Sim, uma das maiores decepções do ano veio de uma (chata) parcela do público. Desde que a Sony Pictures anunciou uma nova roupagem para a franquia Ghostbusters, em um reboot estrelado por mulheres, um grupo de fãs adotou uma postura agressiva contra a mudança - e boa parte dos protestos foram motivados por machismo. O trailer de Caça-Fantasmas se tornou o vídeo mais odiado do Youtube e a protagonista Leslie Jones chegou a ser vítimas de ataques racistas nas redes sociais, tendo seu twitter hackeado. No final, Caça-Fantasmas recebeu boas críticas, mas acabou fracassando nas bilheterias.

    A ascensão e queda de Nate Parker

    Vencedor do Festival de Sundance 2016, O Nascimento de Uma Nação se tornou favorito para o Oscar. Porém, tudo mudou quando descobriram uma acusação de estupro envolvendo Nate Parker (estrela e diretor do drama histórico) e o corroteirista Jean Celestin — que chegou a ser considerado culpado pelo caso. Votantes do Oscar boicotaram o filme, ao mesmo tempo que a obra foi ovacionada em Toronto. Já Parker se recusou a pedir desculpas ou fazer maiores declarações sobre o possível estupro, que resultou no suicício da vítima. Resultado? O Nascimento de Uma Nação está sendo esquecido (ou melhor, ignorado) na temporada de premiações.

    Remakes enlatados na TV

    A moda de revivals/reboots ganhou outras dimensões na televisão norte-americana. Obras já conhecidas como Hora do Rush, Máquina Mortifera, MacGyver e Van Helsing ganharam novas (e desnecessárias) versões nas telinhas. Afinal, quem precisa de originalidade, não é mesmo? Com poucas novidades, a maioria das atrações desta leva decepcionou crítica e público. E o pior é que vem mais por aí...

    Personagens LGBTQ tratados de forma preconceituosa nas telonas.

    Estamos em pleno 2016 e a discussão sobre personagens LGBTQ nas telonas ainda passa por momentos vergonhosos. Filmes como Casamento de Verdade e Stonewall - Onde o Orgulho Começou erraram feio na representatividade. Segundo a crítica do AdoroCinema, a comédia estrelada por Katherine Heigl parece um "filme para ensinar pais a suportarem a dor de ter um filho gay", enquanto o longa de Roland Emmerich não transmite a realidade por trás de um dos maiores movimentos da história. Que feio, Hollywood!

    Flashpoint durou um dia!

    Durante meses, fãs ficaram esperando ansiosamente pela estreia da terceira temporada de The Flash. Afinal, a série tinha culminado num momento importante: Barry (Grant Gustin) voltou no tempo e salvou a vida de sua mãe, gerando o paradoxo Flashpoint. Nos quadrinhos da DC, isso cria uma realidade paralela, onde não há Flash ou Superman, enquanto outros heróis estão em guerra. Já nas telinhas, Flashpoint durou... um episódio! Ao invés de passar parte do novo ano em outra realidade, a série logo jogou seu protagonista de volta para a "linha do tempo original" - que passou a ter apenas algumas consequências estranhas por causa do ato de Barry. O resultado foi bem decepcionante e afetou a qualidade da série do Velocista Escarlate.

    Woody Allen decepciona nas telinhas.

    Woody Allen fazendo uma série? Com Miley Cyrus? Após meses de mistério, as expectativas eram altas para Crisis in Six Scenes. Não entenda errado: a comédia até tem o clássico estilo do cineasta, porém teve potencial desperdiçado, com várias irregularidades e momentos desnecessários, sem conquistar a crítica. Nos cinemas, Woody Allen também não surpreendeu com Café Society. Uma pena.

    Aquarius fora da disputa pelo Oscar

    Premiado em festivais internacionais, o longa de Kleber Mendonça Filho era o favorito para ser o candidato no Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro. A polêmica começou quando Marcos Petrucelli - membro do órgão interno do MinC que decide o representante brasileiro - fez várias críticas à manifestação da equipe de Aquarius contra o impeachment de Dilma Rousseff durante o Festival de Cannes. Cineastas como Gabriel Mascaro e  Anna Muylaert não inscreveram seus projetos (Boi Neon e Mãe Só Há Uma) para o processo seletivo em apoio à Aquarius, mas não teve jeito: o escolhido foi Pequeno Segredo. Infelizmente, o drama de David Schürmann não conseguiu ser um dos pré-indicados ao Oscar. Agora é torcer para Academia prestar atenção na atuação de Sônia Braga, muito elogiada pela impresa internacional.

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