Hagane no Renkinjutsushi : Brotherhood
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MAGRAOBL
MAGRAOBL

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Crítica da série
4,0
Enviada em 12 de outubro de 2023
[12/10/2018 Crunchyroll]

Que anime maravilhoso, entrou para minha lista de melhores animes.
Super recomendo...
anônimo
Um visitante
Crítica da série
4,5
Enviada em 8 de fevereiro de 2025
Fullmetal Alchemist: Brotherhood é uma adaptação do mangá homônimo de Hiromu Arakawa, produzida pela Studio Bones e lançada em 2009. Ao contrário de seu antecessor de 2003, que divergiu do mangá após um certo ponto, Brotherhood seguiu a obra original de maneira fiel, apresentando aos fãs a visão completa e mais aprofundada de Fullmetal Alchemist. A série se destaca como uma das mais aclamadas da história dos animes, recebendo elogios por sua narrativa coesa, personagens profundos e sua exploração de temas universais como sacrifício, redenção e a busca incessante pelo poder.

O enredo de Fullmetal Alchemist: Brotherhood segue a jornada dos irmãos Edward e Alphonse Elric, que, após uma tentativa fracassada de trazer a mãe de volta à vida através da alquimia, pagam um preço terrível. Edward perde um braço e uma perna, enquanto Alphonse perde todo o seu corpo, com sua alma sendo aprisionada em uma armadura. Os dois embarcam em uma busca para encontrar a Pedra Filosofal, um artefato que lhes permitiria recuperar seus corpos.

O enredo de Brotherhood é notável pela sua capacidade de equilibrar ação, drama e filosofia. A série explora questões complexas como a ética da alquimia, o sacrifício humano em nome do poder e o impacto das escolhas individuais nas vidas dos outros. Além disso, apresenta uma série de personagens secundários bem desenvolvidos, cada um com suas próprias motivações e histórias, como Roy Mustang, Riza Hawkeye, Scar e a Família Armstrong.

O maior mérito do enredo de Brotherhood é sua fidelidade ao mangá, o que permite um desenvolvimento mais coeso da trama, com uma progressão narrativa consistente que, ao mesmo tempo, consegue aprofundar as motivações e os dilemas dos personagens. Ao abordar temas como a natureza da guerra, a relação entre ciência e moralidade e a luta contra o destino, o anime oferece uma reflexão profunda sobre a condição humana, sem perder seu ritmo de aventura.

No entanto, alguns críticos apontam que a densidade do enredo e a quantidade de personagens podem, em momentos, fazer com que a narrativa se torne um pouco sobrecarregada, dificultando a apreciação de alguns espectadores. Ainda assim, a construção de um mundo complexo e interconectado é um dos maiores trunfos do anime.

A atuação vocal de Fullmetal Alchemist: Brotherhood é uma das mais elogiadas da história do anime. As vozes dos personagens, tanto na versão original japonesa quanto nas versões dubladas, oferecem uma interpretação emocionalmente densa que corresponde perfeitamente ao tom da série.

O trabalho de Vic Mignogna como Edward Elric na versão inglesa é amplamente reconhecido, com sua entrega apaixonada e emocional sendo uma das características mais marcantes do personagem. A dublagem de Romiko Oka (Alphonse Elric), que mantém o tom de desespero e humanidade do personagem, também se destaca. Na versão japonesa, Romi Paku entrega uma interpretação igualmente expressiva como Edward, equilibrando os aspectos de força e vulnerabilidade do personagem.

Além disso, os personagens secundários também apresentam atuações notáveis. Fumiko Orikasa como Riza Hawkeye e Takahiro Sakurai como Roy Mustang são exemplos de como a dublagem consegue transmitir a complexidade emocional dos personagens, com uma interação natural entre as vozes que contribui para o realismo da série.

O elenco consegue entregar performances que são completamente imersivas e que complementam a intensidade das situações retratadas na história, especialmente em momentos de crise emocional, como as lutas internas dos irmãos Elric e suas interações com personagens como Hohenheim e Father.

O roteiro de Fullmetal Alchemist: Brotherhood se destaca pela sua estrutura narrativa bem planejada, que respeita a fidelidade ao mangá enquanto cria um ritmo empolgante e envolvente. O escritor Yasuhiro Irie e a equipe de roteiristas fazem um excelente trabalho ao explorar as camadas emocionais e filosóficas da obra, além de integrar perfeitamente os eventos da história, os conflitos internos dos personagens e as intrincadas conexões entre os arcos narrativos.

Cada episódio é bem equilibrado entre momentos de ação e desenvolvimento de personagens, e a habilidade de Brotherhood de conectar suas tramas secundárias às principais sem perder a atenção do espectador é uma das razões pelas quais a série é tão admirada. Os temas tratados, como a busca pelo poder absoluto, o sacrifício e o arrependimento, são apresentados de forma complexa e reflexiva, mantendo o espectador constantemente envolvido.

No entanto, uma das críticas que podem ser feitas ao roteiro é o fato de que, devido à extensão da série e à grande quantidade de personagens, alguns momentos de desenvolvimento de personagens podem parecer apressados ou superficiais, especialmente em relação aos antagonistas. Ainda assim, Brotherhood é eficiente ao manter uma conexão emocional com seu público ao longo de toda a série.

A cinematografia de Fullmetal Alchemist: Brotherhood é um dos seus pontos altos, com a direção de arte excepcionalmente bem executada pela Studio Bones. A animação é vibrante e detalhada, apresentando uma estética visual única que reflete o tom dramático e épico da história. A representação de personagens, paisagens e, especialmente, os efeitos da alquimia, são feitos com grande atenção aos detalhes, o que contribui para a imersão do espectador no universo criado por Hiromu Arakawa.

Os designs dos personagens são fiéis ao mangá, mas com adaptações que trazem mais expressividade, especialmente nos momentos de emoção intensa, quando o uso de close-ups e a manipulação de sombras tornam-se fundamentais para transmitir o estado psicológico dos personagens. As cenas de ação, por sua vez, são bem coreografadas e dinâmicas, com uma fluidez que captura a intensidade das batalhas, especialmente nas cenas envolvendo os Homunculi ou os confrontos de Edward contra Father.

A animação fluída também é acompanhada por uma trilha sonora de Akira Senju, que complementa perfeitamente a cinematografia, elevando o impacto das cenas de ação e das sequências emocionais. A música é empregada com sabedoria, criando momentos de tensão e resolução que são essenciais para a experiência do espectador.

O final de Fullmetal Alchemist: Brotherhood é amplamente considerado uma das conclusões mais satisfatórias e bem executadas de uma série de anime. Ao contrário de seu antecessor de 2003, que optou por uma finalização original e mais sombria, Brotherhood oferece uma conclusão mais alinhada com o mangá, que é ao mesmo tempo emocionalmente resolutiva e filosófica.

Após uma longa jornada, os irmãos Elric finalmente conseguem fazer os sacrifícios necessários para restaurar seus corpos, mas o processo não é simples nem sem perdas. O anime nos deixa com uma poderosa mensagem sobre a natureza da humanidade, o valor da vida e o entendimento de que, às vezes, o verdadeiro preço do poder é mais alto do que se imagina.

O final também toca em temas de redenção, com a derrota de Father e a resolução dos arcos dos personagens secundários, como Roy Mustang e Riza Hawkeye, proporcionando um fechamento satisfatório para todos os envolvidos.

Fullmetal Alchemist: Brotherhood é uma obra-prima do gênero shonen e um dos animes mais notáveis da história. Sua fidelidade ao mangá, o desenvolvimento profundo dos personagens, o enredo envolvente e a cinematografia de alta qualidade o tornam uma experiência que cativa tanto fãs antigos quanto novos. O roteiro, embora denso em alguns momentos, mantém uma coesão narrativa impressionante, e a animação, com seus momentos de ação e emoção, contribui para a imersão na história.

A série não é isenta de falhas, especialmente em sua grande quantidade de personagens e algumas simplificações no desenvolvimento de certos antagonistas. No entanto, as qualidades de Brotherhood superam amplamente essas falhas, fazendo dela uma das adaptações de anime mais aclamadas e completas.

Com um final satisfatório e emocionalmente poderoso, Fullmetal Alchemist: Brotherhood é, sem dúvida, uma das melhores adaptações de manga para o anime, consolidando-se como um marco na história do entretenimento animado.
anônimo
Um visitante
Crítica da 0 temporada
4,5
Enviada em 8 de fevereiro de 2025
O anime Fullmetal Alchemist, exibido em 2003, é uma das produções mais emblemáticas do universo dos animes, não apenas por seu enredo envolvente e personagens complexos, mas também pela maneira com que aborda questões profundas de moralidade, sacrifício e os limites do conhecimento humano. Dirigido por Seiji Mizushima e baseado no mangá de Hiromu Arakawa, o anime se distingue por seu tratamento único do material de origem, divergindo significativamente da história original à medida que avança, o que proporciona uma experiência narrativa de alto impacto, mas que também provoca debates sobre a eficácia dessa abordagem criativa.

O enredo de Fullmetal Alchemist segue os irmãos Edward e Alphonse Elric, que, após tentarem ressuscitar sua mãe através da alquimia, acabam sofrendo consequências devastadoras. Edward perde uma perna, e Alphonse perde todo o seu corpo, com sua alma vinculada a uma armadura. Determinados a restaurar seus corpos, eles partem em uma jornada para encontrar a lendária Pedra Filosofal, que, segundo a lenda, tem o poder de realizar transmutação sem limites.

O enredo de Fullmetal Alchemist é construído sobre uma base sólida de conflitos humanos universais, como a perda, o arrependimento, o desejo de redenção e o preço do conhecimento. A primeira parte do anime segue uma linha narrativa que é amplamente fiel ao mangá, com a introdução do mundo de Amestris e suas leis, mas à medida que a trama se desenvolve, o anime se desvia do material original, criando uma história própria, que culmina em uma conclusão que é tanto profunda quanto sombria. Esta mudança significativa ocorre por volta do episódio 26, quando os criadores do anime, conscientes de que o mangá ainda estava em andamento, tomaram a decisão de seguir um rumo narrativo independente. Essa divergência resultou em uma narrativa que, embora envolvente, não pode ser considerada uma adaptação fiel da obra de Arakawa.

A decisão de criar um enredo original trouxe uma série de vantagens e desvantagens para o anime. Por um lado, ela permitiu maior liberdade criativa e uma narrativa mais fechada, que foi capaz de explorar questões mais filosóficas e existenciais, como a relação entre os seres humanos e o poder absoluto (representado pela alquimia). Por outro lado, essa divergência da obra original gerou uma sensação de inconformismo entre os fãs mais puristas, que esperavam ver a história do mangá se desenrolar com a mesma fidelidade que seria observada em Fullmetal Alchemist: Brotherhood (2009). O enredo, portanto, pode ser visto como um exercício de reinterpretação criativa, mas também de desgaste da relação com os fãs que buscavam uma conclusão mais coesa com o material original.

Embora o anime de 2003 não se encaixe exatamente no modelo de atuação tradicional, como o veríamos em uma produção live-action, a atuação vocal (dublagem) desempenha um papel crucial na imersão e no impacto emocional da obra. A série conta com um elenco de vozes de grande talento, especialmente em sua versão original japonesa, com os dubladores Romi Paku (Edward Elric) e Rie Kugimiya (Alphonse Elric) se destacando por suas performances carregadas de emoção e intensidade. A química entre os dois personagens, cuja relação de irmãos é a alma da história, é extremamente bem construída, e as performances vocais dos atores refletem a carga emocional dos eventos que se desenrolam.

Além disso, a atuação vocal das figuras secundárias, como Roy Mustang e Riza Hawkeye, também se destaca pela entrega emocional, o que contribui para a riqueza do elenco e a credibilidade das interações. A atuação de Takahiro Sakurai como o vilão Father é igualmente significativa, conferindo uma profundidade psicológica ao personagem que o torna não apenas uma figura de poder, mas também um reflexo da complexidade moral da narrativa.

O roteiro de Fullmetal Alchemist é um dos aspectos mais fortes da série, e é, de fato, a principal responsável pela complexidade da obra. Embora o anime tenha se desviado do mangá, a adaptação do roteiro consegue mesclar com maestria momentos de ação com reflexão filosófica profunda. A escrita não se limita a desenvolver uma narrativa de aventura, mas se torna uma plataforma para questionamentos éticos e existenciais sobre o que significa ser humano, as fronteiras do conhecimento e a responsabilidade dos cientistas.

A questão da transmutação e do uso do conhecimento de forma irresponsável é uma constante no roteiro, e isso se conecta com a moral central da obra: o sacrifício. O roteiro também não evita abordar temas como a guerra, o sofrimento, e a busca desesperada por poder. A habilidade do roteirista em equilibrar o ritmo da ação com momentos introspectivos, sem perder a coesão do enredo, é um dos principais méritos da série. No entanto, os desfechos criados para os personagens — principalmente para Edward e Alphonse — têm uma qualidade de aceitação amarga, que pode ser tanto uma virtude quanto uma limitação, dependendo da perspectiva do espectador.

A cinematografia de Fullmetal Alchemist é outro ponto forte que contribui significativamente para a atmosfera emocional e visual da série. A direção de arte e a escolha das cores são deliberadas e eficazes em transmitir os tons sombrios e, por vezes, opressivos da história. A obra utiliza de forma inteligente a iluminação e a composição de cenas para enfatizar os temas centrais, como a perda e o sacrifício, com grandes cenas de combate que são habilmente equilibradas com momentos mais calmos, onde a introspecção dos personagens pode ser mais explorada.

A música, composta por Michiru Ōshima, complementa essa cinematografia, com uma trilha sonora rica em temas orquestrais que aumentam a carga emocional das cenas, particularmente nas sequências mais dramáticas. A escolha musical é um reflexo do tom da obra, unindo o épico com o íntimo, criando uma experiência audiovisual completa.

O final de Fullmetal Alchemist de 2003 é um dos mais controversos e memoráveis da história do anime. Em vez de seguir a linha do mangá, que ainda estava em andamento, o anime opta por criar uma conclusão original que fecha a narrativa de uma maneira trágica e reflexiva. Edward Elric, em um sacrifício final, é transportado para o mundo real, enquanto Alphonse Elric permanece em Amestris, completando sua jornada de autodescobrimento e sacrifício. A natureza abrupta e fatalista do final, com os irmãos separados e os sacrifícios de ambos, é uma poderosa meditação sobre os custos do conhecimento e do desejo humano.

Embora o final seja bem recebido por muitos pela sua profundidade emocional, ele é também visto como uma escolha divisiva. Para alguns, essa conclusão triste e sem uma resolução perfeita é uma reflexão forte sobre a vida real e a inevitabilidade da perda. Para outros, representa uma falha em entregar uma conclusão mais satisfatória e "esperançosa".

O anime de 2003, Fullmetal Alchemist, é uma obra-prima da narrativa de anime, mas com falhas notáveis. Seu enredo, embora intrigante e emocionalmente envolvente, se distancia da obra original de forma a criar uma experiência única, mas não sem custos. A atuação vocal e a escrita são impressionantes, capazes de imergir o espectador em um mundo de dilemas morais e existenciais profundos. A cinematografia e a trilha sonora, por sua vez, complementam a narrativa com uma rica paleta visual e auditiva. No entanto, seu final controverso e a escolha de um rumo narrativo independente geram divisões, o que pode impactar a recepção por parte dos fãs que desejam uma adaptação mais fiel.

Fullmetal Alchemist (2003) é um anime que desafia o espectador, forçando-o a refletir sobre questões fundamentais da vida, do sacrifício e do poder, e se estabelece como uma obra essencial no cânone dos animes.