Breaking Bad
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4,8
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595 Críticas do usuário

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B.Boy Jc
B.Boy Jc

2.955 seguidores 761 críticas Seguir usuário

Crítica da série
1,5
Enviada em 31 de outubro de 2014
Entediante, decepcionante, péssima! Não cativa, não lhe prende, não te excita, me pergunto como isso fez tanto sucesso!
Fernanda C.
Fernanda C.

10 seguidores 6 críticas Seguir usuário

Crítica da série
4,5
Enviada em 14 de outubro de 2015
Como não gostar? Uma das séries que mais ganhou premiação.
Andre S.
Andre S.

2 seguidores 14 críticas Seguir usuário

Crítica da série
3,0
Enviada em 23 de novembro de 2016
Aclamada pela crítica BB é em minha opinião uma série boa e só. não me empolgou e olhe que eu me esforcei para assistir até a última temporada, depois que o Adnet contou o final eu nem assisti.
luz
luz

5 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 15 de dezembro de 2022
É a melhor série de tv jamais vista! Tem ritmo, excelentes atores, enredo extremamente original, direção precisa, e "ganchos" ao final de cada episódio que te obrigam a maratonar mesmo que você não queira!! Eletrizante da primeira à última cena!
cinetenisverde
cinetenisverde

29.377 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

Crítica da 2 temporada
5,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Temporada S02 revista. Alguns sentimentos mistos. A saga do Walter White ganha alguns contornos novelísticos, mas a paixão cromática do diretor de fotografia é contagiante do começo ao fim. Não me lembro de nenhum episódio onde não estivesse procurando nos cenários e figurino a presença das cores verde, amarelo, azul e roxo; pior: agora temos um novo tom que começa a despontar: o cinza/preto.
cinetenisverde
cinetenisverde

29.377 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Sabemos desde o início do seriado que há algo de novo, muito novo, na televisão. Através da figura de um pacato professor de química que descobre ter câncer e que será pai novamente enxergamos aos poucos a relativação da moral quando Walter White decide produzir drogas usando seu conhecimento e sua recém necessidade de zelar pelo futuro de sua família. Através dessa história inicial somos levados ao mundo do crime e como ele pode ser bem menos glamoroso do que imaginamos, mas também bem menos assustador do que nos contam. O mais fascinante durante todo o ciclo de ascensão e decadência de um ser humano qualquer é que percebemos como a força motriz que move o homem não necessariamente precisa passar pela aprovação do bem moral vigente. Isso não existe na cabeça dos que fazem o que admiramos. Apenas os fins são capazes de justificar seus mais loucos atos. Fins esses que começaram de forma nobre.
Carol C
Carol C

9 seguidores 16 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 17 de julho de 2014
Maravilhosa! Suspense, adrenalina a série toda. Não devia ter terminado
Hellen S.
Hellen S.

15 seguidores 6 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 20 de julho de 2014
História que me segurou do primeiro minuto até o último.
A uma das melhores séries do meu conceito, muitas desavenças durante o seriado, muitas drogas rolando por ai, até comecei a gostar mais de química;
Mrs. White teve a melhor ideia, depois que descobriu do seu câncer, e com certeza pensou no bem estar de sua família.
Se desse eu daria 30 estrelas
Bruno W.
Bruno W.

6 seguidores 3 críticas Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 12 de outubro de 2015
eu achei uma bosta,sem condiçoes de assistir, não tem ação nao tem aventura,nao tem terror, nao tem comedia nao tem porra nenhuma achei um lixo assisti 5 episodios e dormi nos 5 pq é horivel sem graça e eu não vejo pq assistir uma serie que nao tem açao e nada inovador fora que se eu quiser ver uns cara fazendo droga eu chego num traficante aqui perto de casa e peço pra ele fazer na minha frente para que eu possa ver
Rony Elias
Rony Elias

5 críticas Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 1 de julho de 2020
Vejo muitos falando que é a melhor série que trata-se de uma obra prima, porém discordo plenamente. Tentei assistir e nunca consegui passar da 2a temporada. Monótono total.
Fah P.
Fah P.

7 seguidores 6 críticas Seguir usuário

Crítica da série
4,5
Enviada em 25 de outubro de 2015
Série fodástica! Merece mil estrelas!!!? Assistiria de novo, mas tenho mais séries na fila rs
Bruno C.
Bruno C.

2 seguidores 12 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 19 de abril de 2015
Melhor seriado que já vi. Ótima história Crescimento dos personagens é fantástico. Só o Jr que o ator é muito ruim no ato de caminhar e agir como um deficiente
Braulio V
Braulio V

1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 25 de março de 2019
Série irritante ao extremo....odeios personagens burros como o do Jesse... é meio sem.logica esse roteiro,prefiro séries que tenham uma pegada Prison break onde o público e sempre surpreendido. Estou na 4 temporada super entediado mas tenho que terminar de ver essa porcaria,o jeito e entubar esse trem
Adriano Silva
Adriano Silva

1.604 seguidores 478 críticas Seguir usuário

Crítica da 5 temporada
5,0
Enviada em 21 de agosto de 2023
TEM SPOILERS!

Breaking Bad (5ª Temporada) 2012/2013

A quinta e última temporada de "Breaking Bad" estreou em 15 de julho de 2012 e foi concluída em 29 de setembro de 2013 na AMC nos Estados Unidos e Canadá. A temporada de 16 episódios é dividida em duas partes, cada uma contendo oito episódios. A primeira parte da temporada foi transmitida de 15 de julho a 2 de setembro de 2012 e foi ao ar aos domingos às 22:00 horário do leste dos EUA. A segunda parte foi transmitida de 11 de agosto a 29 de setembro de 2013 e foi ao ar aos domingos às 21:00.

Na vida é muito difícil encontrarmos algo perfeito, uma obra perfeita, ainda mais quando estamos se referindo ao audiovisual, que é justamente o caso aqui. "Breaking Bad" é uma série que eu aprendi a amar desde o seu lançamento lá em 2008 e hoje, ao finalizar o 16ª episódio da última temporada, eu só pude comprovar a magnífica obra de arte da história dos seriados de TV que a série sempre foi. Sem nenhuma dúvida "Breaking Bad" é a melhor série do século, a verdadeira obra-prima das séries e está simplesmente entre as melhores séries já criadas em toda a história, sendo completamente perfeita em todos os sentidos.

A quinta temporada é icônica, é emblemática, é completamente apoteótica!
O primeiro episódio já inicia de forma catártica ao nos revelar aquela versão quase irreconhecível do Walter White (Bryan Cranston) com barba e cabelo sendo chamado pelo codinome de "Lambert", que estava naquele local negociando armas. Logo tomamos conhecimento da atualidade com Walter tendo que conviver com o assassinato do Gus (Giancarlo Esposito). Skyler (Anna Gunn) está muito assustada com os últimos acontecimentos. Mike (Jonathan Banks) está se recuperando do tiro que ele levou na temporada passada. Walter quer encontrar as gravações do laboratório de metanfetamina que o Gus fazia. A partir dessa busca, Walter, Mike e Jesse (Aaron Paul) decidem que precisam destruir o laptop do Gus que foi apreendido pela polícia. Eles utilizam aquele ímã gigante e poderoso para conseguir destruir todas as evidências e provas que estava no laptop (por sinal, uma belíssima cena). Ainda no primeiro episódio somos confrontados com o Ted (Christopher Cousins) em estado terminal em uma cama de hospital pelos seus acontecimentos da temporada passada. Curioso que no final do episódio o Walter diz para a Skyler que ficou sabendo o que aconteceu com o Ted e revela para ela que a perdoa.

O segundo episódio começa bastante curioso e intrigante ao nos revelar uma cena em uma cozinha de teste na "Eletromotriz Madrigal", onde o executivo Peter Schuler realiza sua última "refeição" e caminha para o banheiro para cometer suicídio. No caminho, deparamos com a remoção do logo dos "Los Pollos Hermanos" (a marca do Gus), mas antes, vimos outros logos, respectivos às outras empresas financiadas pela Madrigal. Nesse mesmo episódio Jesse encontra aquele cigarro de "ricina" que ele achou que o Walter havia roubado para envenenar o garoto Brock na temporada passada. Jesse entra em uma crise de consciência, um verdadeiro remorso. Muito interessante que nesse episódio temos a revelação que Mike foi um ex-policial no passado na Filadélfia. Hank (Dean Norris) está agora no encalço do Mike, querendo arrancar informações dele. Como o Mike perdeu todo o seu dinheiro que ele havia reservado para sua neta, e como o Walter quer voltar a cozinhar a metanfetamina, eles se juntam para voltar com a velha produção.

Os episódios seguintes são bastante reveladores e surpreendentes:
Temos uma personagem bastante enigmática e misteriosa - Lydia (Laura Fraser). Temos uma versão da Skyler completamente perturbada e descontrolada, por todos os acontecimentos que ela está enfrentando com Walter. Tanto que temos uma cena em que ela surta com a Marie (Betsy Brandt) e a outra que ela decide se afogar na piscina na frente de todos. Walter e Jesse voltam a produzir a metanfetamina utilizando dessa vez os locais que estavam fechados para dedetização (ótima ideia e bela jogada do Walter). Por fim temos aquela cena emblemática do roubo de metilamina (que é utilizada na produção da metanfetamina ) no trem, com a presença de Walter, Jesse, Mike e Todd (Jesse Plemons). Que cena magnífica, icônica, apoteótica, um roubo no maior estilo de "Velozes e Furiosos" e "Red Dead Redemption 2".

No final do episódio do roubo do trem, Todd dá um tiro em um garoto que sem querer acaba vendo todos os integrantes daquela ação. O que logo desperta um estado de fúria e comoção em Jesse, que sempre se revoltou quando o assunto era atacar os garotos. Diante desse acontecimento, Jesse revela para Walter que deseja sair da parceria de produção de metanfetamina, assim como o próprio Mike, que também deseja abandonar o barco. Nesse ponto temos aquela parte onde cada um decide que quer vender a sua parte nos galões de metilamina e sair da parceria com Walter, mas Walter está mais ambicioso do que nunca, ele não quer só o dinheiro para deixar para sua família, como ele queria quando começou no ramo, ele quer ser a referência e construir um império de metanfetamina.

No sétimo episódio temos uma das cenas mais icônica e emblemática de toda a história de "Breaking Bad". Que é justamente a cena do Walter indo pessoalmente negociar com o Declan (Louis Ferreira) para ele ser o seu distribuidor de metanfetamina, onde temos a famigerada cena: "Say My Name". Há muito tempo que Walter já rompeu todos os limites da compaixão, da empatia, da misericórdia, está cada vez mais no lado sombrio, obscuro, com uma ambição incontrolável e destruível. Walter não tem mais nenhum limite em relação ao seu desejo de tomar o lugar que era do Gus, em ser o novo Manda-Chuva, o Big Boss, construindo o seu verdadeiro império de metanfetamina.

O oitavo episódio é outro episódio surpreendente e emblemático, pois é quando temos aquele confronto do Walter com o Mike, o que resulta na morte do Mike pelo Walter (não perdoo o Walter, eu gostava muito do Mike). Interessante que após o Walter assassinar o Mike ele está sentado e se depara novamente com aquela famigerada mosca, e bem em um momento que ele está em uma guerra pessoal com sua consciência. Jesse se afasta de Walter e Todd está como o seu mais novo pupilo, aprendendo o processo da produção de metanfetamina. Está cada vez mais nítido que Walter não precisa de mais dinheiro, ele não tem mais aonde guardar. E é exatamente este o pedido que a Skyler faz para ele, que ele pare de produzir a metanfetamina. Diante desse pedido, Walter finalmente decidi se aposentar da produção. O episódio termina de forma muito intrigante, com o Hank tentando ligar os pontos e chegando na pista WW, que liga diretamente com Walter White.

O nono e o décimo episódio são completamente surpreendentes!
Hank está transtornado com a possibilidade que ele levantou sobre o seu algoz ser mesmo o Walter. Jesse por sua vez está completamente perturbado, transtornado e em crise ao descobrir que foi realmente o Walter o responsável pelo envenenamento do garoto Brock. Sendo assim ele entra em um profundo estado de descontrole emocional e mental e sai atirando os maços de dinheiro pelas ruas. O cerco está cada vez mais se fechando ao redor do Walter e Hank finalmente descobre toda a verdade sobre seu cunhado: Walter White matou o Gus e ele é a personalidade que Hank esteve na caça por mais de um ano, se revelando como o verdadeiro "Heisenberg". O episódio termina de forma apoteótica!

A partir do momento que Hank descobre que Walter é o "Heisenberg" ele parte para cima da Skyler, a pressionando e a coagindo para que ela revele tudo que sabe a respeito do marido. Porém, inicialmente Skyler não revela nada para o Hank, o que muito me surpreende esta sua postura. Para tentar reunir provas ao invés de suspeitas, Hank decidi ir ao encontro de Jesse, que estava transtornado ao ponto de colocar fogo na casa do Walter. Realmente o Jesse está em seu limite, está tomado por um sentimento de culpa, de revolta, de remorso, de tristeza, uma forte crise existencial. Dessa forma Hank tenta uma espécie de acordo com Jesse, afinal ambos querem pegar o Walter.

No décimo primeiro episódio temos a revelação que o Câncer de Walter voltou, e logo ele tem um desmaio no banheiro e revela mais tarde para seu filho Jr. É nesse episódio que temos aquele icônico vídeo do Walter incriminando o Hank com a sua participação em seu império de metanfetamina. Vou confessar que eu achei essa ideia incrível, genial, ousada, que só poderia ter saído da mente brilhante do "Heisenberg". Sem falar na ligação que ele fez com o dinheiro que a Marie usou no tratamento e recuperação do Hank como prova do seu envolvimento em todo o esquema. O que obviamente deixa o Hank completamente transtornado e desacreditado.

Os últimos episódios da temporada são magníficos, atinge um alto nível que eu nunca vi em nenhuma outra série.
Temos aquela armadilha que o Hank e o Jesse prepara para o Walter com a foto do tambor com seu dinheiro, o que o obriga a ir até o local no deserto em que todo o seu dinheiro está enterrado (por sinal, é o mesmo local que o Walter e o Jesse começaram a cozinhar a metanfetamina lá na primeira temporada). Temos aquela cena absurda dos tiroteios no deserto entre o Hank e o agente Gómez contra a gangue do Tio Jack. Jack Welker (Michael Bowen) é o tio do Toddy, que lidera o grupo de neonazistas sempre fazendo trabalhos encomendados por outros. O grupo aparece de acordo quando Walter pede uma ajuda para eliminar o Jesse em troca de ensinar o Todd a produzir a metanfetamina mais pura possível. O episódio termina com a surpreende morte do Hank com o tiro disparado pelo Tio Jack.

Ozymandias é o décimo sexto episódio, o episódio final da série "Breaking Bad". Este episódio é incrível, icônico, emblemático, apoteótico. É um episódio que fecha com chave de ouro toda a saga de "Breaking Bad", que nos faz revelações surpreendentes, que nos impacta e nos emociona, que nos desperta todos os mistos de sentimentos que estavam guardados por muito tempo. Aquela cena da metralhadora no porta-malas do carro estraçalhando todo mundo na casa é absurdamente incrível, genial e bizarra. Uma cena completamente apoteótica. Ozymandias é sem dúvida um dos melhores episódios de toda a história dos seriados de TV, e ainda com um fechamento que traz um final catártico.

Sobre o icônico elenco de "Breaking Bad".
Bryan Cranston é um gênio, um mestre, um lord. Ele soube incorporar um personagem com maestria, com elegância, com grandeza, com uma competência absurda e antológica. Bryan Cranston deu vida para o Walter White, que é incontestavelmente um dos melhores personagens de séries de todos os tempos! Assim como o icônico "Heisenberg", que é simplesmente uma das maiores personalidades do mundo do entretenimento e da cultura pop.
Anna Gunn é uma atriz genial e poderosa. É realmente incrível a forma como a Anna conseguiu criar e interpretar uma personagem que transcendia todos os limites de uma simples mãe de família. Que soube se reinventar a cada episódio, a cada temporada, sempre entregando uma personagem que era amada e odiada praticamente ao mesmo tempo. Nessa quinta temporada a Anna Gunn está no ápice da sua personagem, conseguindo nos comover e nos impactar com um trabalho impecável e irretocável.

Aaron Paul é sem dúvida o personagem mais desacreditado do início da série. Acredito que o público (assim como eu) no início teve um pouco de pé-atrás com ele ao interpretar o jovem viciado Jesse Pinkman. Talvez por não conhecer muito do seu trabalho, talvez apenas por desconfianças mesmo, mas devo dizer que ele surpreendeu todo um planeta ao incorporar o Jesse. Aaron Paul é o ator que mais cresceu dentro da série, que mais desenvolveu o seu personagem ao longo das temporadas, que provou ser o ator magnífico que é pela competência de um trabalho fenomenal e impecável. Nessa quinta temporada o que o Aaron Paul entrega na pele do Jesse é absurdo, principalmente no quesito peso dramático e carga dramática - como podemos comprovar naquela cena absurda em que ele presencia o assassinato da Andrea (Emily Rios) - que cena impactante!
Dean Norris é um ator que eu gosto muito e aqui como Hank Schrader ele sempre foi colossal. Dean soube construir um personagem que facilmente poderíamos criar uma grande empatia, principalmente pelo seu grande crescimento e relevância dentro do contexto de toda a história. E o mais interessante em seu personagem é exatamente esse jogo de gato e rato com Walter, sempre no encalço da sua maior missão enquanto agente da DEA, que sempre esteve ali na frente do seu nariz, embaixo do próprio teto. Hank Schrader é mais um personagem icônico desse universo de "Breaking Bad", e tudo graças ao trabalho fantástico de Dean Norris.

Bob Odenkirk é sem dúvida a personificação do personagem mais hilário de toda a série - o grande Saul Goodman. Já o Jonathan Banks trouxe aquele personagem que também tem um crescimento absurdo na série, indo na mesma linha de crescimento do Hank. Mike sempre esteve na defesa do Gus, sempre funcionava com o seu cão de guarda, porém nessa temporada observamos mais do outro lado do Mike, sem aquela casca que ele sempre carregava.
Betsy Brandt trouxe uma personagem que ora funcionava no contexto da série, ora fica mais escanteada, mas no geral a Marie foi fundamental na construção final das motivações do Hank.
RJ Mitte é outro ator muito bom, que também contribuiu diretamente para a grandeza da série, e nessa temporada o Walter Jr. foi primordial ao tomar a atitude em relação ao pai. E pra finalizar temos a excelente participação do Jesse Plemons (novinho na época), que também teve a sua contribuição fundamental na série.

Precisamos voltar a falar de Walter White:
É incrível a grandeza desse personagem na série, é incrível como ele toma uma postura inicial e aos poucos vai deixando de lado, se descaracterizando, se desconstruindo. Aquele simples professor de química do ensino médio mal pago, superqualificado e desanimado que está lutando com um diagnóstico recente de câncer de pulmão. Que decide usar das suas extremas habilidades químicas para produzir uma metanfetamina mais pura o possível para deixar sua família estável financeiramente quando ele morrer. Este é um ponto abrangido com maestria na série: a desconstrução do ser humano, a ambição humana, a supervalorização, a briga de ego, a forma como uma pessoa deixa de lado todos os seus princípios e se torna um monstro, um sociopata, muda de personalidade, se entrega ao desejo incontrolável da ambição, ao lado sombrio e com uma mudança obscura em seu caráter.

É incrível como até hoje muitas pessoas se frustram ao ver a forma como o Walter se tornou dentro da série e principalmente a forma como ele termina. Muitos acham que a série não deveria ter transformado o Walter em um monstro, mas o Walter White sempre foi um monstro, ele só não tinha desenvolvido esse seu lado. Ele sempre teve aquele complexo de superioridade, de ser o centro das atenções, sempre com a mesma desculpa que tudo que ele fazia era pela sua família. Talvez no início até poderia ser, mas depois só constatamos que não, que ele fez tudo aquilo porque ele queria e porque ele gostava. Como observamos naquela conversa com a Skyler, que ele revela para ela que fez aquilo por ele, porque ele quis, porque ela achava bom ser o mais inteligente, ser o superior, construir o seu império, inflar o seu ego. Ou seja, Walter White sempre foi o "Heisenberg".

Tecnicamente e artisticamente a temporada e a série é completamente impecável!
O roteiro de "Breaking Bad" é estupidamente perfeito, Vince Gilligan aplicou uma genialidade absurda ao escrever um texto tão competente, tão abrangente, tão magnífico. O mesmo vale para a direção da série, que foi feita sempre de forma impecável. A trilha sonora da série sempre foi um destaque, sempre foi um show à parte, sempre foi relevante no quesito inovação e criatividade. O elenco é outro show, é uma obra-prima, daqueles elencos memoráveis, que vai ficar em nossa mente pelo resto de nossas vidas. O mesmo vale para cada personagem que foi criado e construído na série, que atingiu um nível de grandeza e excelência nunca visto anteriormente em questões de seriados de TV. A cinematografia da série é outra perfeição, sempre com um fotografia que nos maravilhava em cada temporada, em cada episódio, em cada cena, um nível de genialidade que não se vê mais hoje em dia.

"Breaking Bad" recebeu críticas positivas, enquanto o restante recebeu aclamação unânime da crítica, com elogios às performances, direção, cinematografia, roteiro, história e desenvolvimento de personagens. Desde sua conclusão, a série foi elogiada pela crítica como uma das maiores séries de televisão de todos os tempos. Teve uma audiência razoável em suas três primeiras temporadas, mas a quarta e a quinta temporadas tiveram um aumento moderado na audiência quando foi disponibilizado na Netflix pouco antes da estreia da quarta temporada. A audiência aumentou drasticamente após a estreia da segunda metade da quinta temporada em 2013. Quando o final da série foi ao ar, estava entre os programas a cabo mais assistidos da história da televisão americana.

"Breaking Bad" recebeu inúmeros prêmios, incluindo 16 Primetime Emmy Awards, oito Satellite Awards, dois Golden Globe Awards, dois Peabody Awards, dois Critics' Choice Awards e quatro Television Critics Association Awards. Bryan Cranston ganhou o Primetime Emmy Award de Melhor Ator Principal em Série Dramática quatro vezes, enquanto Aaron Paul ganhou o Primetime Emmy Award de Melhor Ator Coadjuvante em Série Dramática três vezes; Anna Gunn ganhou o Primetime Emmy Award de Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática duas vezes. Em 2013, "Breaking Bad" entrou no "Guinness World Records" como o programa de TV mais aclamado pela crítica de todos os tempos.

A série deu origem à maior franquia "Breaking Bad". "Better Call Saul" é uma série prequela com Bob Odenkirk, Jonathan Banks e Giancarlo Esposito reprisando seus papéis em "Breaking Bad", bem como muitos outros em participações especiais e recorrentes, estreou na AMC em 8 de fevereiro de 2015 e foi concluída em 15 de agosto de 2022. Uma sequência O filme "El Camino: A Breaking Bad Movie", estrelado por Aaron Paul, foi lançado na Netflix e nos cinemas em 11 de outubro de 2019.

"Breaking Bad" estreou na AMC em 20 de janeiro de 2008 e foi concluído em 29 de setembro de 2013, após cinco temporadas com 62 episódios.

Por fim, chegamos ao final da melhor série de TV que eu já assisti em toda a minha vida. "Breaking Bad" é simplesmente o suprassumo, a quinta-essência, o masterpiece da história das séries. Uma obra completamente impecável, irretocável, perfeita, triunfal, atemporal, relevante, influente, antológica, colossal, apoteótica, emblemática e icônica.

Simplesmente a melhor série de todos os tempos!

Vince Gilligan eu te amo!

(R.I.P. Mark Margolis - nosso eterno Hector Salamanca)
[19/08/2023]
Adriano Silva
Adriano Silva

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Crítica da 1 temporada
5,0
Enviada em 13 de junho de 2023
Breaking Bad (1ª Temporada) 2008

"Breaking Bad" é uma série americana criada e produzida por Vince Gilligan (roteirista da lendária série "Arquivo X", dos anos 90) para a AMC. Situada e filmada em Albuquerque, Novo México, a série segue Walter White (Bryan Cranston), um professor de química do ensino médio mal pago, superqualificado e desanimado que está lutando com um diagnóstico recente de câncer de pulmão em estágio três. White se volta para uma vida de crime e faz parceria com um ex-aluno, Jesse Pinkman (Aaron Paul), para produzir e distribuir metanfetamina para garantir o futuro financeiro de sua família antes que ele morra, enquanto navega pelos perigos do submundo do crime.

Já inicio afirmando que "Breaking Bad" é a melhor série do século, a verdadeira obra-prima das séries e está simplesmente entre as melhores séries já criadas em toda a história. Sim, eu sou mais um louco completamente fissurado nessa série. Mais um na extensa lista dos que consideram esta série completamente perfeita em todos os sentidos.

O que mais me surpreende em "Breaking Bad" é sem dúvida o roteiro, que é absurdamente impecável e genial em todos os quesitos. Pois aqui temos uma obra que navega no drama, no investigativo, elaborando todo um Thriller policial, que permeia todos os acontecimentos acerca da principal figura da série, que é exatamente o Sr. Walter White. Toda história de "Breaking Bad" é obviamente fictícia, mas facilmente podemos encaixá-la em nossa própria vida, em nosso próprio cotidiano, pois a partir do momento em que somos confrontados com a figura do Sr. White, um professor de química que leva uma vida monótona e frustrada, que tem que desempenhar o seu papel de pai e chefe de família, que obviamente passa pelo fato de ter um filho deficiente, facilmente podemos logo se identificar com toda a sua história.

E é exatamente dessa forma que a história transcorre inicialmente, nos apresentando e nos imergindo na história da vida de Walter White. O roteiro da série nos surpreende e se mostra ainda mais interessante a partir do momento em que somos confrontados com o Sr. White descobrindo a existência de um câncer de pulmão, sendo que essa descoberta também lhe traz a notícia que ele terá pouco tempo de vida pela frente. Ou seja, o que se passará na cabeça do Sr. White a partir dessa descoberta? O que ele estará pensando a partir do momento em que se vê diante dessa gravíssima situação, ainda mais sendo confrontado com a sua questão financeira, que não é um das melhores, e ainda com a condição de uma esposa grávida?

Realmente é muito difícil se colocar na pele do Sr. White e se imaginar naquela situação e naquelas condições. A recente descoberta do seu câncer de pulmão logo o obriga a tomar certas decisões enquanto ainda há tempo de vida, e qual é a sua principal decisão? Sim, o Sr. White sendo um expert em química e tendo o conhecimento dos altos lucros financeiros desse submundo, ele passa a criar e vender a sua própria metanfetamina. E quem aqui vai julgá-lo pela sua decisão? Quem aqui também não pensaria em fazer exatamente o que ele fez? Quem aqui não pensaria em usar todo o seu conhecimento em química para faturar um bom dinheiro para deixar a sua família em condições melhores após a sua morte? Por mais que seja errado, por mais que seja ilícito, por mais que você saiba das consequências que esta decisão pode lhe trazer, mas você já tem pouco tempo de vida, se você for preso você vai morrer de qualquer jeito, então porquê não deixar o seu filho deficiente e a sua filha que vai nascer financeiramente melhor? Muitos podem afirmar que jamais fariam isso, que jamais tomariam esta decisão, mas todos nós não conhecemos os nossos reais limites quando estamos em certas situações. O ser humano é capaz de tudo, ainda mais quando se sente ameaçado e em uma situação de emergência.

Outro ponto muito interessante é o alerta que a série nos faz em relação à nossa organização financeira, em outras palavras, a nossa forma em ter um controle financeiro dentro da nossa família. Uma reserva financeira garante mais tranquilidade para lidar com situações adversas, ou seja, exatamente as questões que o Sr. White iria enfrentar a partir do momento que descobriu o câncer. Obviamente ele foi pego desprevenido financeiramente na questão do tratamento da sua doença.

A primeira temporada de "Breaking Bad" deveria contar com nove episódios, porém foi reduzida devido à greve dos roteiristas americanos que ocorreu naquele ano (e que voltou a acontecer atualmente). E mesmo com a redução de dois episódios, a primeira temporada ficou perfeita, conseguiu elaborar muito bem cada acontecimento, onde a cada episódio íamos se afeiçoando cada vez mais com o Sr. White e com a sua história.
O primeiro episódio é exatamente aonde começamos a descobrir a arte do mundo da química. O Sr. White é um artista, da sua maneira mas ele é um artista. Um fato muito curioso e pertinente: temos aqui um professor de química que tem que se submeter à um tratamento de quimioterapia.
No segundo episódio temos aquela bizarra cena da banheira demolindo o teto da casa do Pinkman.
O terceiro episódio nos traz uma reflexão sobre o Sr. White; de fato ele não é um criminoso, pelo menos ainda, ele está nessa unicamente pelo dinheiro para deixar para a sua família. Tudo isso se resume bem na cena em que ele sofre ao pedir desculpas após ter matado enforcado o Krazy-8 (Maximino Arciniega). Por sinal antes da morte temos uma cena que nos surpreende, quando os dois conversam e revive suas histórias do passado.
A partir do episódio quatro em diante, é onde a série é envolvida por um peso dramático ainda maior. Pois temos a surpresa da revelação do câncer para toda a família. Temos a corrida contra o tempo em busca de um tratamento, tratamento este que ainda tem que passar pela a aceitação do Sr. White.
O sexto episódio é bem chocante, pois é nesse episódio que o Sr. White raspa a cabeça e sai do modo defesa e parte de cabeça para o modo ataque (quando ele vai enfrentar o líder traficante). Aquela cena final da explosão foi antológica. Que cena maravilhosa!
Já o sétimo (e último) episódio, é onde temos algumas revelações surpreendentes. É realmente incrível quando sequer imaginamos que ao nosso redor tem pessoas que fazem parte da nossa família e que fazem coisas ilegais. Este é o poder que esta série tem, pois pode não parecer, mas ela traz várias reflexões, você começa a refletir sobre as motivações de cada um, nos objetivos de cada um, nas pretensões de cada um. É simplesmente fantástico!

Uma série fantástica precisa contar com um elenco fantástico!
Bryan Cranston (lendário em várias séries dos anos 90) é um grande ator, que já teve vários personagens importantes ao longo da sua carreira cinematográfica. Porém, ele ficou estigmatizado pelo Sr. Walter White. Um trabalho absurdo, uma atuação irretocável, um personagem que lhe caiu como uma luva, que sequer eu poderia imaginar outra pessoa em seu lugar. Completamente eterno!

Aaron Paul (da série "Westworld") foi o contraponto perfeito do Bryan Cranston. Paul soube incorporar a figura do Jesse Pinkman exatamente da forma como o roteiro precisava e pedia. Pinkman era aquele parceiro problemático, descontrolado, impulsivo, que metia os pés pelas mãos, que tomava decisões erradas, se mostrando completamente ao inverso do Sr. White. Acho que é por isso que essa dupla improvável deu tão certo dentro da série. Na minha opinião, a interpretação do Aaron Paul casou perfeitamente com o Jesse Pinkman.

Anna Gunn (da série "Shades of Blue") é uma personagem um tanto quanto improvável. Skyler White é a personificação da esposa que vive dentro do seu mundo, presa na sua bolha, que não enxerga um palmo na frente do seu nariz. Quando ela descobre a doença do marido ela quer correr contra o tempo, tomando muita das vezes até decisões precipitadas sem o consultar. Achei uma atuação muito boa da Anna Gunn, bastante condizente com uma personagem que se mostra bem resistente no que deseja.

Dean Norris (do clássico "O Vingador do Futuro", de 1990) é o agente da DEA, Hank. É muito interessante o propósito do Hank dentro da série, até por ele ser o inverso do Sr. White (ou não). Era como estar no terreno do inimigo sem perceber.
Já a Betsy Brandt (da série "Only Murders in the Building") faz o papel daquela irmã bem peculiar, que a gente confia desconfiando, que morde e assopra. A cleptomaníaca Marie é uma figura bem inusitada dentro da série.
RJ Mitte ("Banho de Sangue", de 2018) tem paralisia cerebral na vida real, embora a sua seja uma forma mais branda, que o possibilita de atuar. Walter Jr é aquele filho sempre preocupado com o pai, principalmente após descobrir da existência da sua doença, o que o deixa bem revoltado com a situação.

A primeira temporada de "Breaking Bad" recebeu inúmeros prêmios e indicações, incluindo quatro indicações ao Emmy Award e vencendo em duas categorias. Bryan Cranston venceu como melhor ator de série dramática e Lynne Willingham ganhou como melhor edição de série dramática. Vince Gilligan foi indicado ao melhor diretor de série dramática pelo episódio piloto e John Toll foi indicado ao prêmio de melhor cinematografia para séries de até uma hora pelo episódio piloto. Cranston também ganhou o Satellite Award como melhor ator em série dramática. A série também foi indicada como Melhor Novo Programa do Ano (TCA Awards). A série também ganhou três indicações ao Writers Guild of America Award, vencendo uma categoria. Ela foi indicada como melhor série, Patty Lin foi indicada ao Melhor Episódio Dramático por "Gray Matter" e Vince Gilligan venceu como melhor Episódio Dramático pelo episódio piloto.

Tecnicamente a série também é impecável!
Temos uma excelente trilha sonora de Dave Porter, que além das suas composições a série também usa músicas de outros artistas. A cinematografia é muito bem trabalhada. O mesmo vale para a direção de arte, que soube regrar cada detalhe com bastante atenção de acordo com o padrão da série. Sem falar na montagem, edição, mixagem de som e direção de cada episódio, tudo completamente perfeito, sem uma falha. Realmente é um absurdo o que esta série entrega até em questões técnicas e artísticas.

A primeira temporada de "Breaking Bad" foi o pé na porta, foi a entrada triunfal, foi o início desse fenômeno mundial, dessa aclamadíssima série, que por sinal é merecidíssima de todos os elogios e reconhecimentos possíveis. "Breaking Bad" é a nossa verdadeira droga, a nossa verdadeira dependência química, pois temos aqui toda a magnitude dessa obra em nos apresentar uma primeira temporada com um roteiro inteligente, muito bem escrito, muito bem trabalhado, muito bem pensado, que nos confronta com uma história que podemos nos identificar, onde temos situações que misturam realidades com situações bem extremas. Genial!

É muito difícil você encontrar aquela obra perfeita, aquela obra irretocável, aquela obra primorosa, aquela obra peculiar, e "Breaking Bad" é esta obra perfeita, é esta obra triunfal, é esta obra impactante, é esta obra magnífica.
Aquela verdadeira obra-prima das séries!
Top 1 na minha lista de melhores séries de todos os tempos!
Sem mais! [11/06/2023]
⭐⭐⭐⭐⭐
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