Os livros de James Paterson são bons, mas não podemos dizer que é literatura de excelência. Diverte, prende a atenção e só. A série não poderia ser diferente. Personagens mal construídos e rasos. Aliás, tem alguns que nem precisariam estar ali de tão caricatos. As interpretações são sofríveis, excetuando o protagonista que emprega boa carga dramática. Mas isso não o ajuda, pois os inúmeros erros de continuidade e diálogos desprovidos de conexão com os fatos fazem parecer que ele não tem o mínino de inteligência para resolver o caso. A obviedade salta aos olhos e ele nada percebe, não fazendo jus ao personagem literário. A série poderia ser resolvida em 04 episódios, mas se arrasta em discussões sobre conflitos familiares do protagonista que não comovem e que pouco trazem fruto positivo para a película. O interessante que a cada episódio há um conflito que poderia gerar uma expectativa , mas, de repente, tudo se resolve e fica por isso mesmo. Penso que, mais uma vez, a preguiça em aprofundar na temática, a falta de roteiristas competentes e uma direção equilibrada transformaram a série naquilo que seria uma explosão de sucesso em um folhetim de novelas da globo que passam no horário das 18h, ou seja, péssimo.