Apesar de a série abordar um tema sensível que precisa ser discutido com um olhar mais apurado e acolhedor, a série normaliza o uso de drogas, sexo precoce e desrespeito aos pais como algo normal. Além disso, há a glamourização da juventude com a falta de compromisso com suas obrigações e as consequências das atitudes erráticas. A série tenta conscientizar sobre o abuso, mas normaliza o jovem que usa drogas, faz sexo na adolescência, tem atitudes promíscuas e não respeita os pais.
O impacto dessa normalização pode ser profundo e preocupante, especialmente para espectadores mais jovens e impressionáveis. Ao retratar esses comportamentos como comuns e aceitáveis, a série pode inadvertidamente influenciar seus espectadores a replicar tais atitudes, acreditando que não há consequências significativas para essas ações. Esse tipo de representação pode minimizar a seriedade dos riscos associados ao uso de drogas e à sexualidade precoce, além de desvalorizar a importância de um relacionamento respeitoso entre pais e filhos.
Além disso, a narrativa da série frequentemente falha em apresentar alternativas saudáveis ou soluções para os problemas abordados, deixando os espectadores sem modelos positivos de comportamento. A falta de compromisso e as atitudes erráticas são frequentemente mostradas sem uma análise crítica ou sem explorar as reais consequências a longo prazo desses comportamentos na vida dos jovens.
Para um retrato mais equilibrado e responsável, seria essencial que a série incluísse perspectivas de superação e crescimento pessoal, mostrando os desafios de lidar com questões como abuso e dependência, mas também destacando a importância do apoio familiar, da educação e de escolhas conscientes. Dessa forma, a série poderia não apenas entreter, mas também educar e inspirar mudanças positivas nos jovens que a assistem.