Family Guy (ou Uma Família da Pesada, pra quem é do time dublado) é aquele desenho que você assiste e pensa: "Quem deixou isso passar na TV?" – e, pior, "Por que ainda está no ar depois de 23 temporadas?"
É a prova viva de que, às vezes, o absurdo vence. A série não tem medo de ser ruim, ofensiva, sem noção e, acima de tudo, esquizofrênica. Se The Simpsons é o avô respeitado das animações adultas e South Park é o adolescente rebelde com algo a dizer, Family Guy é o tio bêbado que conta piadas de tiroteio em casamentos e ainda consegue ser engraçado (ou não).
A Família Mais Disfuncional da TV (E Isso É Elogio?)
Vamos conhecer os Griffin, a família que faz os Sopranos parecerem a família Ingalls de Little House on the Prairie:
- Peter Griffin: Um Homer Simpson piorado – mais burro, mais gordo e com uma masculinidade tão frágil que quebra se você olhar torto.
- Lois: A mãe que já foi rica, mas preferiu virar uma vagabunda que tolera o marido idiota (e ocasionalmente trai ele com celebridades).
- Chris: O filho adolescente que é um punheteiro sem futuro, com a inteligência de uma batata do McDonalds.
- Stewie: O bebê sociopata que quer matar a mãe, dominar o mundo e, às vezes, só quer um chá da tarde com o Brian.
- Brian: O cachorro intelectual que bebe martini, escreve livros ruins e se acha superior a todo mundo (spoiler: ele não é).
- Meg: Ah, a Meg... ninguém liga pra Meg. Ela é o saco de pancadas emocional da família, levando pum na cara, humilhação pública e até morte em alguns episódios. Se Family Guy fosse um jogo, Meg seria o NPC que todo mundo usa pra farmar XP.
O Humor de Family Guy: "Isso Pode Ir Ao Ar?"
Se você acha que South Park é polêmico, é porque nunca viu Family Guy brincando com:
- Pedofilia (Quagmire existe, e isso já é um crime).
- Racismo (as piadas com asiáticos são tão ruins que até o Chow do The Hangover ficaria ofendido).
- Religião (Jesus aparece como um hipster mimado, e Deus é um cara que odeia Peter).
- Abuso doméstico (a Meg sofre mais que personagem de novela das nove).
E o pior? As piadas funcionam. Não porque são inteligentes, mas porque são tão absurdas que você ri do quão errado tudo aquilo é. É como assistir a um acidente de trem em câmera lenta: você sabe que não deveria rir, mas não consegue parar.
"Por Que Isso Não Foi Cancelado?"
Essa é a pergunta que todo mundo faz. Family Guy já foi cancelado duas vezes e, mesmo assim, voltou – igual herpes. A verdade é que, no fundo, a série é um experimento social pra ver até onde a TV pode ir.
Ela não tem a crítica social afiada de South Park ou o coração (às vezes) de The Simpsons. Family Guy existe só pra chocar e fazer rir, e nisso ela é a melhor (ou pior) do mundo.
A Dublagem Brasileira: O Único Motivo Pra Assistir Dublado
Se tem uma coisa que salva Family Guy no Brasil, é o Luiz Carlos de Moraes, o dublador do Peter. O cara transforma frases sem graça em ouro. Se você já viu aqueles cortes de Family Guy no Facebook, sabe que metade da graça vem da dublagem.
Veredito Final: Assista (Mas Não Admite Em Público)
Family Guy é uma bosta? Sim.
É politicamente incorreta? Absurdamente.
É engraçada? Contra todas as probabilidades... sim.
Se você quer assistir algo sem pensar muito, sem se preocupar com moral e só rir de absurdos, Family Guy é perfeita. Só não recomendo ver sóbrio – um baseado ou uma cerveja ajudam a entender (ou não) a loucura.
Nota final:
Qualidade do roteiro: 2/10
Personagens insuportáveis (e por isso amados): 10/10
Potencial para destruir amizades: 9/10
Dublagem brasileira: 11/10 (vale só por isso)
Assista se: Você tem humor duvidoso e nada a perder.
Evite se: Você é facilmente ofendido ou acha The Big Bang Theory engraçado.
✌️ "Lois, isso é pior que a vez que eu...!"