Jujutsu Kaisen – ou, como eu gosto de chamar, "Naruto para quem acha que Hunter x Hunter é complexo demais". Vamos descer a lenha nesse festival de power-ups convenientes, personagens descartáveis e um sistema de magia mais furado que o argumento de um terraplanista.
1. "A Animação é Lindaaa!" – Sim, e o Resto é Sucata
A MAPPA faz um trabalho lindo? Claro. As lutas são fluidas? Sim. Mas isso é como elogiar um Big Mac porque o pão é bonito. Por trás daqueles flashes coloridos e slow motions dramáticos, temos uma narrativa mais rasa que a piscina inflável do meu sobrinho. O anime é basicamente um "death porn": personagens morrem de forma brutal, os fãs choram, postam no Twitter, e no próximo episódio ninguém lembra mais.
Se tirassem a animação, sobraria só um enredo genérico de "garoto com demônio dentro" que já vimos 500 vezes.
2. Sistema de Poderes? Que Sistema?
O "sistema" de energia amaldiçoada é tão bem explicado quanto a política econômica da Argentina. Um dia, Black Flash é um golpe raro que só gênios usam; no outro, o Yuji acerta três seguidos como se fosse um combo no Street Fighter. E não me venha com "ah, mas é aleatório" – isso não é profundidade, é preguiça narrativa .
– "Qual a diferença entre um feiticeiro de Jujutsu e um jogador de LoL?"
– "O de LoL pelo menos sabe quando seu poder vai voltar do cooldown."
3. Personagens: Ou Morrem ou São Esquecidos
O Gojo era tão roubado que o Gege Akutami precisou aposentá-lo (ler: matar de forma anticlimática) porque não sabia como escrever vilões que não fossem obliterados em 2 segundos. E o que ganhamos? Um Sukuna que ora é invencível, ora toma porrada de qualquer um que aparecer no quadro.
– "O Yuta é tão relevante que até o filme esqueceu dele depois de 10 minutos."
– "A Nobara? Ah, ela tá... bem... sei lá, o mangá também não lembra."
4. O Fandom é um Culto ao Gojo (e com Razão)
Os fãs fingem que Jujutsu Kaisen é sobre o Yuji, mas sabemos que a obra só tinha um personagem interessante – e ele tá morto. O resto é um monte de personagens secundários com designs bonitos e personalidade de pão sem sal. O Megumi? Um emo que só sabe falar "morrer por alguém é minha única personalidade". A Maki? "Eu sou forte porque... porque sim!".
– "O Sukuna é o rei das maldições, mas o verdadeiro vilão é o roteirista que não sabe desenvolver um antagonista sem apelar para 'ele comeu o irmão gêmeo no útero'."
5. O Final (ou a Falta Dele)
O mangá virou um "quem morre hoje?" com lutas intermináveis e power-ups tirados do cu. O Sukuna já deveria ter perdido 15 vezes, mas ele tem mais reviravoltas que a carreira do Whindersson Nunes. E o Yuji? Continua sendo um plot device ambulante, sem desenvolvimento desde o EP 1.
– "Jujutsu Kaisen é como um relacionamento tóxico: você sabe que não vai dar certo, mas fica porque às vezes tem umas cenas bonitas."
Jujutsu Kaisen é o equivalente animado de um hambúrguer de Instagram: bonito, vazio e cheio de gente que defende como se fosse alta gastronomia. Pode ser divertido? Sim. Vai envelhecer bem? Só se você acha que Twilight é um clássico.
Se você se ofendeu com essa crítica, relaxa – daqui a dois anos nem você vai lembrar que esse anime existiu.