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    Lado a Lado
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    anônimo
    Um visitante
    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 14 de dezembro de 2013
    Obra-prima da TV brasileira atual. Dois autores estreantes deram show de competência: os alicerces e filões mais tradicionais do folhetim foram reescritos com roupagem e ambientação novas. Como se isso já não bastasse para a realização de uma boa novela, deram, diariamente, uma verdadeira aula de história do Brasil. Através do herói Zé Maria (Lázaro Ramos), pode-se revisitar a Revolta da Chibata, por exemplo. Falou-se ainda da formação das favelas no Rio de Janeiro, base para a abordagem de outra Revolta, a da Vacina. Referências históricas também não faltaram, como a cena (inspirada em um fato real) na qual um negro aparece pintado de branco para, assim, ser aceito em um jogo de futebol. Lado a Lado foi, ainda, um deleite para quem aprecia uma história dramática bem contada. Impossível não se emocionar com a interpretação de Camila Pitanga, na pele da sofredora (mas nada piegas) Isabel, ou de Milton Gonçalves, o ex-escravo Afonso em sua delicada relação com a filha. Ainda o melhor momento da carreira de Patrícia Pilar, que construiu uma vilã tradicional, odiável, sádica, sem escrúpulos, mas absolutamente humana (onde facilmente se diferencia de Flora, vilã anteriormente interpretada pela atriz em A Favorita). Muitos foram os momentos catárticos de Lado a Lado, que pode não ter sido um grande sucesso de audiência, mas foi, sem dúvida, um momento de inquestionável bom gosto numa época em que qualidade televisiva se tornou artigo de luxo.
    Lia L.
    Lia L.

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    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 16 de janeiro de 2014
    Obra de qualidade inquestionável, Lado a Lado representou o retorno ao bom gosto e de temáticas de relevância às novelas da Globo, com conteúdo histórico, social e cultural, e bandeiras como a igualdade racial e de gênero, defendidas por um elenco primoroso e inspirado. Foi gratificante e preocupante acompanhar as aventuras e desventuras das protagonistas Laura (Marjorie Estiano) e Isabel (Camila Pitanga) e perceber que 100 anos se passaram e as mulheres ainda enfrentam os mesmos dilemas (de conciliar vida pessoal e profissional) e ainda são alvos de preconceitos e julgamentos por suas escolhas. spoiler: Isabel sendo julgada, também pelos telespectadores, por engravidar de um homem a quem não amava. Laura igualmente criticada por se divorciar do marido "perfeito", como se ele não tivesse responsabilidade nenhuma na sua decisão.
    Ambas sofrendo sanções da sociedade da época e julgamentos do público de hoje. Como mulher, eu (e muitas outras telespectadoras com as quais tive contato) me identifiquei nos dilemas apresentados na trama e nas expectativas de soluções mais promissoras às demandas femininas, o que indica que mais que uma obra ficcional, foi um trabalho significativo e capaz de despertar identificações atuais em quem o assistiu. Destaque para a representação dos dramas vivenciados pelas pioneiras do feminismo, personificados pela excelente Marjorie Estiano e sua Laura: spoiler: o desejo de estudar e trabalhar e não só viver em função do casamento; a luta por inserção, como professora e jornalista, a despeito de seu sexo e estado civil de divorciada, e a necessidade de se esconder atrás de um pseudônimo para poder escrever; a internação em um sanatório, como tantas mulheres do passado, por ser contestadora e estudiosa; vítima de assédio sexual e tentativa de estupro; rejeitada e desamparada pela família, e excluída do "mercado de trabalho", pelo fato de optar ser uma mulher descasada
    .Excelente resgate histórico das lutas feministas no início da república e dos negros no período pós-abolição, Lado a Lado mais do que um espelho do passado, foi também um espelho do presente.
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