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    Walter Hugo Khouri

    Estado civil

    Atividades Diretor , Roteirista , Produtor mais
    Nacionalidade
    Brasileiro
    Nascimento 21 de outubro de 1929 (São Paulo, São Paulo, Brasil)
    Morte 27 de junho de 2003 aos 73 anos de idades

    Biografia

    Walter Hugo Khouri é um diretor de cinema brasileiro, mais conhecido por seus filmes de temática existencialista. Khouri ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais e é lembrado por destacar novos talentos em suas produções, como a apresentadora Xuxa Meneghel no controverso Amor Estranho Amor, de 1982.

    Nascido em São Paulo, Walter Hugo tinha ascendência libanesa e italiana. Seu primeiro trabalho foi na produção do filme O Cangaceiro, de 1953, produção da Companhia Vera Cruz. Pouco depois, dirigiu seu primeiro longa-metragem autoral, intitulado O Gigante de Pedra, no entanto, não existem muitos registros do filme.

    A partir disso, Khouri ficou conhecido por, além de dirigir, roteirizar as próprias produções, participar da montagem e operação de câmera. Ao todo, realizou 25 longa-metragens e fez parte da geração de cineastas do Cinema Novo.

    Entre suas produções mais importantes estão O Anjo da NoiteO Último Êxtase e Eros - O Deus do Amor, pelos quais foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Noite Vazia, lançado em 1964, é considerado o filme mais popular do diretor.

    Primeiras aparições nas telas

    Estranho Encontro
    Estranho Encontro
    29 de maio de 1958
    Fronteiras do Inferno
    Fronteiras do Inferno
    23 de fevereiro de 1958
    Na Garganta do Diabo
    Na Garganta do Diabo
    3 de maio de 1960
    A Ilha
    A Ilha
    14 de janeiro de 1963

    Carreira em destaque

    41
    Tempos de carreira
    0
    Premiação
    23
    filmes
    0
    Series
    0
    Indicação
    0
    Filme

    Gêneros favorito

    Drama : 79 %
    Histórico : 8 %
    Romance : 8 %
    Comédia : 4 %

    No AdoroCinema:

    0
    Vídeo
    3
    Imagens
    1
    Notícias

    Trabalhou bastante com

    Lilian Lemmertz
    Lilian Lemmertz
    8 filmes
    Eros - O Deus do Amor (1981), Paixão e Sombras (1977), O Desejo (1975), O Anjo da Noite (1974), O Último Êxtase (1973), As Amorosas (1968), As Cariocas (1966), O Corpo Ardente (1966)
    Monique Lafond
    Monique Lafond
    4 filmes
    As Feras (1995), Eu (1987), Eros - O Deus do Amor (1981), Paixão e Sombras (1977)
    Luigi Picchi
    4 filmes
    O Último Êxtase (1973), A Ilha (1962), Na Garganta do Diabo (1960), Estranho Encontro (1958)
    Sergio Hingst
    4 filmes
    O Desejo (1975), O Palácio dos Anjos (1970), O Corpo Ardente (1966), Na Garganta do Diabo (1960)
    Norma Bengell
    3 filmes
    O Palácio dos Anjos (1970), As Cariocas (1966), Noite Vazia (1964)
    O Corpo Ardente (1966), Noite Vazia (1964), A Ilha (1962)
    Fernando Amaral
    3 filmes
    Paixão e Sombras (1977), O Desejo (1975), O Anjo da Noite (1974)
    A Ilha (1962), Na Garganta do Diabo (1960), Fronteiras do Inferno (1958)
    Selma Egrei
    3 filmes
    Eros - O Deus do Amor (1981), O Desejo (1975), O Anjo da Noite (1974)
    Lola Brah
    2 filmes
    Estranho Encontro (1958), Fronteiras do Inferno (1958)
    Marisa Woodward
    2 filmes
    O Corpo Ardente (1966), Noite Vazia (1964)
    David Cardoso
    2 filmes
    O Corpo Ardente (1966), Noite Vazia (1964)
    Tarcísio Meira
    2 filmes
    Eu (1987), Amor Estranho Amor (1982)
    Sonia Clara
    2 filmes
    Eu (1987), O Corpo Ardente (1966)
    Newton Prado
    2 filmes
    As Amorosas (1968), O Corpo Ardente (1966)
    Comentários
    • Andries Viljoen
      É tipo um Bergman brasileiro. E a julgar por Noite Vazia, eu diria que é quase um Antonioni brasileiro. Digo o mesmo após ver Corpo Ardente, Um diretor extremamente subestimado, tão bom e tão pouco valorizado.Quase um bergman nacional como podemos comprovar com Noite Vazia é uma obra-prima. Enquanto que em Amor Estranho Amor é o mais completo furo.
    • Andries Viljoen
      O cineasta Walter Hugo Khouri diferencia-se da maior parte da cinematografianacional pelos seus filmes que buscavam um eixo interpretativo que se fixavam,sobremaneira, nos problemas existenciais de seus personagens, representativos de um tipo de burguesia brasileira (STERNHEIM, 2005).Fernão Ramos e Luís Felipe Miranda (2000) dividem a filmografia do diretor em fases distintas:A primeira se estende em meados dos anos 1950 até 1968, reconhecidamente influenciada pelo cinema europeu do pós-guerra. Entretanto, para esta pesquisa elegeu-se tão somente, o período entre 1964 e 1968, notadamente a fase mais autoral de Khouri, quando se consolida seu paradigma como cineasta: o existencialismo.A segunda fase, que perdura durante toda a década de 1970 se constitui pela inserção do diretor no cinema da “Boca do Lixo” e seu enveredamento pelo erotismo.A terceira e última fase, representada pelos filmes dos anos 1980, tem WalterHugo Khouri como um cineasta de notável renovação de suas estruturas narrativas.As críticas cinematográficas publicadas na grande imprensa, que acompanham o lançamento das obras do cineasta nesses distintos períodos, demonstram-se apropriadas para esta investigação, uma vez que contemplam: (1) as tendências da crítica cinematográfica em cada época específica; (2) acompanham as transformações de estilo do diretor nas três décadas distintas; (3) são visões, marcadamente, ideológicas que acenam para um alinhamento ou uma recusa do modo de atuação do cineasta em relação aos movimentos cinematográficos hegemônicos e aos atores sociais em cada uma das conjunturas históricas do cinema brasileiro do período.A representação do cineasta Walter Hugo Khouri diante do panoramada cinematografia brasileira em distintas épocas, tendo como base as críticascinematográficas publicadas em jornais e revistas de grande circulação nacional no período entre 1964 a 1982.Como fazer isso?Se mostra relevante em razão da escassez de trabalhos acadêmicos abrangendo a carreira do cineasta Walter Hugo Khouri. Tendo sua carreira iniciada na década de 1950, os primeiros trabalhos científicos acerca do diretor só iriam começar a serem produzidos no final dos anos 1990. Estes trabalhos acadêmicos não abrangem um conteúdo sobre a recepção crítica da carreira de Walter Hugo Khouri. Desta forma uma pesquisa que se propõe a realizar um monitoramento das opiniões da críticajornalística brasileira acerca do trabalho do cineasta, torna-se de suma importância. Asopiniões da crítica oscilaram e uma análise que busca respostas para tais variaçõesapresenta-se como um pertinente objeto de estudo, sendo que a análise das críticasjornalísticas poderá oferecer elementos para a melhor compreensão das transformações ocorridas no cinema de Walter Hugo Khouri no período discutido. Durante estes anos, convém destacar que Khouri desenvolveu a maior parte de seu trabalho como cineasta, a partir de um estilo em torno da discussão de temas existencialistas, intimistas e de caráter psicológico.Diante deste quadro, uma pesquisa que revele a tendência das opiniões dacritica especializada sobre o diretor parece ser imprescindível.Uma opção de essa pesquisa seria utilizar a metodologia da análise do discurso de linha francesa para investigar a construção de sentido das resenhas críticas sobre os filmes do diretor.Também deveria se realizar uma pesquisa documental na Cinemateca Brasileira, na cidade de São Paulo, e pesquisa bibliográfica.Em uma época de efervescência cultural e Ditadura Militar no Brasil, o Cinema Novo constituiu uma memória coletiva que produzia valores inquestionáveis no setor artístico. Em função disso, a crítica cinematográfica brasileira demonstra uma inclinação afável às obras provenientes do movimento. Tal cenário éjustificado por Schwarz (1992) como um meio de reconhecer a presença cultural esquerdista no ambiente artístico da década de 1960 e sua ousadia de enfrentar o Regime Militar.Paralelamente, o cinema de Walter Hugo Khouri, desprendido de quaisquer filiaçõespolíticas, não consegue conquistar essa parcela de críticos brasileiros. Exemplo dessapremissa fica bastante evidenciado no texto do crítico Paulo Perdigão sobre Noite Vazia, para o Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, datado de 1º de agosto de 1965, em que o autor reprova o filme de Khouri, comparando-o com os diretores do Cinema Novo e atestando uma suposta falta de características brasileiras da fita, afirmando que a obra é “um filme que contradiz a possível ideia possível de tirar acima do conceito de cinema brasileiro. Tal situação deu origem a um “patrulhamento ideológico”, que perseguiu o diretor durante toda a sua carreira, porém não o impediu de dirigir 25 filmes em 45 anos de atividade cinematográfica.Portanto, se for analisando as resenhas da crítica cinematográfica em relação à obra do cineasta Walter Hugo Khouri no período entre 1964 a 1982, indica-se a possibilidade da transformação do trabalho do cineasta. Entre estes anos, o autor diferenciou-se em três fases distintas. Uma proposta de projeto sugere as seguintes hipóteses: apesar de todas suas obras serem existencialistas, os subperíodos especificados (1964-1968; a década de 1970 e os anos 1980) demonstram diferenciações visualizadas pela crítica, devido aos seguintes circunstâncias:na primeira fase (1964-1968), Khouri destaca-se como autor eminentemente autoral, com grande aceitação da crítica.Na segunda fase (década de 1970) o cineasta investiu no erotismo da “Boca do Lixo”, com uma tentativa de combinação com o existencialismo. A crítica rejeitou.Finalmente, a última fase (início da década de 1980) quando Khouri filmou Eros e Amor, Estranho Amor, utilizando a câmera subjetiva, roteiro sofisticado e um grande elenco, a crítica teceu análises surpreendentes. Khouri ressurgiu novamente como grande cineasta nos jornais e revistas especializados.Verdade. Para ajudar eis algumas referências bibliográficas sobre o trabalho de Khouri:PERDIGÃO, Paulo. Cinema. Diário de Notícias, Rio de Janeiro, p.2._______ (org). História do cinema brasileiro. São Paulo: Art, 1987.RAMOS, Fernão Pessoa; MIRANDA, Luís Felipe. Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo: SENAC, 2000.SCHWARZ, Roberto. O pai de família e outros estudos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.STERNHEIM, Alfredo. O Cinema da Boca do Lixo: dicionário de diretores. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paul: Cultura – Fundação Padre Anchieta, 2005.
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