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    Demolidor: Série coloca os pés no chão e retoma clima e qualidade do primeiro ano (Crítica da 3ª temporada)

    Já acabou a maratona? Vem ver o que achamos!

    Nota: 4,0/5,0

    Demolidor foi a série responsável por abrir as portas da Netflix para os heróis da Marvel, lá em 2015. E o fez em grande estilo, com ótimas cenas de ação, personagens complexos e um visual marcante. Na sequência, a empresa lançou várias outras séries do universo Os Defensores. A necessidade de unir o herói com Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro, no entanto, acabou gerando uma segunda temporada bem problemática. A primeira metade, focada no Justiceiro, tinha ótimos momentos, mas quando Elektra entra em cena, junto com Tentáculo, Yakuza e companhia, as coisas vão se perdendo. E a situação só foi se complicando em Os Defensores, com direito a ossada de dragão.

    Diante disso, é com muito alívio que constatamos que a nova temporada (a terceira) busca justamente retornar ao cenário do primeiro ano. E aí não falamos apenas de repetir o vilão (Rei do Crime) e os dilemas do herói (mais uma vez com o uniforme preto), mas principalmente pelo tom mais realista, dentro do possível, é claro.

    A temporada começa exatamente do ponto em que acabou Os Defensores. Após ver um prédio desabar sobre Demolidor e Elektra, o herói é resgatado e abrigado por um orfanato administrado por freiras. O mesmo em que Matt cresceu após a morte do pai. Enquanto se recupera, o vilão Wilson Fisk começa a colaborar com o FBI e acaba deslocado para uma prisão domiciliar, o que revolve Karen, Foggy e Matt.

    Ainda sem informações sobre o paradeiro de Matt, Karen e Foggy tentam seguir suas vidas. Ela ainda acredita que o amigo está vivo, mas Foggy não tem a mesma confiança. Ao seus modos, eles buscarão combater Fisk. Matt, por sua vez, surge traumatizado por tudo que aconteceu anteriormente, se afastando de tudo e de todos, menos do Demônio de Hell's Kitchen.

    Vincent D'Onofrio segue muito bem na pele do Rei do Crime, transmitindo poder, paixão e força. Ele ainda auxilia na história de origem de outro vilão visto em cena: o Mercenário. Vivido toscamente por Colin Farrell em Demolidor - O Homem Sem Medo, o personagem surge de forma muito mais sóbria e impactante na pele de Wilson Bethel.

    A trama de Demolidor S03 é envolvente e empolgante, sendo bem sucedida ao oferecer belas cenas de ação, incluíndo a já clássica luta num corredor. A série também sofre com menos problemas de ritmo que as outras da parceria Marvel-Netflix, sendo ajudada por episódios de menor duração que as demais em média.

    No entanto, há ainda o velho problema de que estamos diante de episódios demais para história de menos. Não são necessários 13 episódios para contar essa história, o que fica claro no momento em que pulam de um cliffhanger para um flashback longuíssimo sobre o passado de Karen. E a sequência não mostra quase nada que já não havia sido dito anteriormente. Dá mais detalhes sobre o trauma passado, mas nada que faça a história avançar.

    Mesmo assim, estamos diante de uma temporada com uma qualidade que não víamos desde a primeira de Daredevil (no original). O que é sempre refrescante. Se você desistiu do herói no meio de Os Defensores, está na hora de pensar em voltar.

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