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    Produtores falam sobre relação entre 24: Legacy e 24 Horas (Entrevista)

    Série estreia hoje, às 0h, na Fox.

    Após estrear no último domingo, nos Estados Unidos, 24: Legacy chega às telinhas brasileiras com episódio duplo, hoje, às 00h, na Fox. A série é um spin-off de 24 Horas e traz Corey Hawkins (Straight Outta Compton - A História do N.W.A.) como novo protagonista, com a responsabilidade de substituir Jack Bauer, papel imortalizado por Kiefer Sutherland.

    AdoroCinema conversou com os produtores Howard GordonManny Coto e Evan Katz na última San Diego Comic-Con. O trio falou sobre a relação entre as séries, a escolha de um novo protagonista e a possível participação de personagens clássicos. Confira!

    Como 24: Legacy se encaixa no universo de 24 Horas?

    EK: É uma expansão do universo. Os eventos de 24: Legacy acontecem três anos depois de 24 Horas: Viva um Novo Dia. Continua sendo em tempo real, envolve a Unidade Contra-Terrorismo (CTU), analisa as relações entre as pessoas do andar de cima e as pessoas do andar de baixo como 24 Horas sempre fez. Ou seja, as relações entre a política e as pessoas que estão no solo.

    HG: Quando a série decolar, acho que 24: Legacy será algo muito autônomo. É uma série que tem sua própria trama e traz seus próprios personagens. Existem intersecções com a série original mas é uma série nova, uma aventura nova.

    Como foi encontrar os atores para compor este elenco, especialmente Corey Hawkins?

    EK: Tivemos muita sorte. Nossa diretora de elenco viu Straight Outta Compton e nos ligou do estacionamento para dizer que tinha encontrado o ator perfeito. E então Corey se tornou nossa única opção. Ele aceitou fazer. Tivemos tanta sorte, que logo começamos a duvidar de nós mesmos.

    HG: Foi muita sorte. Precisávamos escalar alguém para interpretar um jovem soldado que é inexperiente, porém inteligente e alguém que pudesse suportar o peso da interpretação de Kiefer Sutherland. Estávamos preocupados. Quando o encontramos, foi um grande alívio.

    MC: E nós tivemos que fazer uma conferência via Skype com ele porque Corey estava filmando Kong: A Ilha da Caveira. Isso acontece bastante. E, pelo Skype, vimos que ele era a pessoa certa para o papel. Além da sua performance em Straight Outta Compton, percebemos que a presença dele era muito forte. O resto do elenco também é incrível. Temos Jimmy Smits, Miranda Otto. Dan Bucatinsky também fará parte mais à frente.

    EK: Temos um elenco incrível, somos muito abençoados. Corey tem aquela qualidade que só as estrelas têm. Ele deixa o espectador "entrar" em sua performance. Podemos ver o que ele pensa, o que ele sente: estamos com ele o tempo todo. Seja lá o que for essa qualidade, Corey a tem de sobra.

    Veremos o retorno de algum personagem da série original?

    EK: Tudo o que posso dizer é para vocês assistirem à série. Como eu disse, os universos se cruzarão em algum momento. Nós entendemos que esta série é uma expansão do universo de 24 Horas. Não seria inesperado ver o retorno de um personagem.

    A série seguirá o mesmo formato da original?

    EK: Todos os episódios são em tempo real. E, em algum momento, nós faremos o salto temporal para um dia de 24 horas.

    HG: É basciamente o mesmo formato de 24 Horas: Viva um Novo Dia. Estamos repetindo essa ideia.

    Por que vocês acham que a série se manteve tão popular durante todos esses anos?

    HG: Para mim, é o conceito de montanha-russa presente na série. Conforme você assiste, a série mantém a tensão como a maioria das outras séries não faz. Os episódios costumam terminar em ganchos. Quando entrei na série, comecei a ver os episódios e eu e minha mulher vimos oito episódios seguidos. 24 Horas é viciante! E os ganchos são uma velha tradição de Hollywood. Nossa série é uma metamorfose desse tipo de suspense.

    EK: A narrativa em tempo real ainda é um tipo de narrativa muito singular. Tem uma energia única, cria muita tensão, tem muito ritmo. Mas, no fim das contas, você precisa ter um elenco muito bom.

    MC: Acho que os temas da série ainda são muito atuais, infelizmente. A série continua bebendo da mesma fonte de sempre, que é o nosso mundo. 24 Horas também refletia o estado das coisas de sua época. É como diz a maldição chinesa: "Que você viva tempos interessantes". E, infelizmente, nós ainda vivemos.

    O que podem falar sobre os eventos desta temporada?

    HG: Nossas tramas são um pouco influenciadas pela caçada por Osama Bin-Laden e pelas histórias que ouvimos dos soldados que tiveram que se esconder após terem eliminado um grande e notório terrorista. As vidas deles foram prejudicadas. Lembro que um soldado foi obrigado a ser motorista de caminhão no programa de proteção a testemunhas. Então, partimos da ideia de querer explorar o retorno desses soldados, que mataram um grande terrorista, ao mundo real. E, ao invés de serem tratados como heróis, eles tiveram que se esconder. A ideia era: e se os soldados, um por um, começassem a morrer? Nosso herói logo percebe que alguém vazou as informações sobre as identidades desses soldados e que ele é o próximo da lista. Esse é o motor desta temporada e que desenvolverá uma grande conspiração. Envolve a Unidade Contra-Terrorismo e os altos escalões do governo. Essa premissa também sugeriu um personagem interessante, diferente de Jack Bauer. Eric Carter é um soldado e não um espião experiente. Para ele, o mundo é preto e branco e tudo o que importa é o momento de atirar. Mas, agora, ele adentra um mundo onde as coisas têm tons de cinza. Onde há traição. Eric não está acostumado a isso. Então, veremos a evolução e a adaptação de um personagem que não tem nada a ver com o mundo de Jack Bauer.

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