Foram necessárias cinco décadas para adaptar para o formato televisivo a obra-prima absoluta de Gabriel García Márquez: Cem Anos de Solidão. A Netflix anunciou que havia adquirido os direitos lá por 2019, mas só foi em 11 de dezembro passado que pudemos finalmente vê-la no catálogo da plataforma de streaming.
O escritor colombiano não estava nada convencido em vender os direitos. Ele pensava que sua obra não podia ser transposta para a linguagem audiovisual, mas após sua morte em 2014, sua família decidiu fazer o que ele nunca havia se atrevido e aceitou vender os direitos à Netflix. Assim, a história foi adaptada em oito episódios - aos quais se seguirão outros oito - que já estrearam na Netflix.
Até o momento, Cem Anos de Solidão entrou no Top 10 da Netflix nas últimas duas semanas em 50 países. Conta com 83% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes e, o que é incomum, 93% entre o público. A audiência se rendeu a esta história que parecia impossível de adaptar há apenas alguns anos.
"É necessário dizer"
"É um dos espetáculos mais belos (e melhores) que já vi", diz o usuário Maxwdn no Reddit, onde abriu um tópico especificamente para dizer o quão boa é a ficção. "Cada cena é extraordinariamente bem projetada e montada. A cenografia, o figurino, até mesmo a gradação de cor, são impecáveis. As atuações são sinceras e profundamente humanas. A trilha sonora pinta cada cena em que é utilizada com cores muito vivas. A escrita é poética", continua.
"Totalmente de acordo! 100 anos de solidão é uma obra-prima. Coloco-a no mesmo nível das melhores películas já feitas", acrescenta outro usuário.
Netflix
A responsabilidade é de Alex García López e Laura Mora, os dois cineastas que se atreveram a fazer a adaptação. Mora é uma diretora colombiana conhecida pelo longa-metragem Matar Jesus, baseado no assassinato de seu próprio pai, e Os Reis do Mundo, com o qual ganhou a Concha de Ouro no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. García López, por sua vez, é um argentino que trabalhou em séries como Demolidor, Cowboy Bebop e The Acolyte.
Graças a eles, Macondo ganhou vida e a família Buendía se tornou seres de carne e osso. "É um privilégio raro ver uma excelente versão de um livro para a tela. Esta é uma dessas ocasiões. A forma de descrevê-la é como um capricho mágico e os caprichos da natureza humana em uma luta geracional condenada a repetir os mesmos erros", escreve uma usuária no Rotten Tomatoes.
É uma série, além disso, muito acessível para aqueles que não leram o romance. Esses afortunados poderão conhecer o realismo mágico de Gabriel García Márquez com uma ficção que homenageia sua obra.
*Conteúdo Global do AdoroCinema
Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Ouça OdeioCinema no Spotify ou em sua plataforma de áudio favorita, participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!