Suzana Amaral, diretora do premiado A Hora da Estrela, faleceu na tarde da última quinta-feira, dia 26, em São Paulo. A morte da cineasta não está ligada com o Covid-19.
A diretora estava internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que informou que não tem autorização da família para divulgar a causa do falecimento. Ainda segundo o hospital, Suzana Amaral sofreu um AVC no ano passado, que a deixou fragilizada.
Ao longo de sua vida, Suzana dizia em entrevistas que não gostava de falar qual era a sua idade. No entanto, há registros de seu nascimento em 1932 e 1928.
A carreira de Suzana Amaral no cinema brasileiro
A cineasta foi um importante nome para o cinema nacional. Sua carreira começou no final dos anos 60 quando prestou vestibular para o curso de Cinema na Escola de Comunicação e Arte da USP - na época, ela já era mãe de 9 filhos.
No início de sua trajetória, filmou diversos documentários e curta-metragens para a TV Cultura. O curta Minha Vida, Nossa Luta levou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília em 1979. Em 1992, dirigiu a minissérie Procura-se.
Seu primeiro filme de ficção chegou aos cinemas em 1985, A Hora da Estrela, baseado na obra de Clarice Lispector. O longa foi premiado no Festival de Berlim, na categorias de direção (o OCIC e o C.I.C.A.E. Award), um Urso de Prata de Melhor Atriz para Marcelia Cartaxo e uma indicação ao Urso de Ouro para Suzana.
Seu segundo filme da carreira foi Uma Vida Em Segredo, de 2001, baseado na obra de Autran Dourado. Em 2009 lançou seu último longa, Hotel Atlântico, com roteiro adaptado do livro de João Gilberto Noll, estrelado por Júlio Andrade.