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    China decreta o fechamento de seus cinemas novamente

    Especialistas acreditam na precaução do governo com uma segunda onda de infecções por coronavírus.

    Nas últimas semanas, a China já estava tentando retornar ao seu ritmo de vida normal após enfrentarem a epidemia do coronavírus. Algumas decisões estavam sendo tomadas para a volta de atividades e uma delas eram a reabertura dos cinemas. Mais de 600 salas de cinema começaram a reabrir, porém, o Film Bureau de Pequim divulgou um aviso nesta sexta-feira (27) decretando o fechamento de todas as salas.

    Sem justificativas para a ordem, especialistas do setor especulam que o governo esteja preocupado com uma possível nova onda de infecções pelo coronavírus. Tal anúncio pegou todos do ramo de cinema da região de surpresa. No início da semana, o distribuidor apoiado pelo estado, China Film Group, revelou um plano que permitia que os cinemas relançassem antigos sucessos de bilheteria para ajudar a atrair clientes. Entre os filmes que seriam exibidos estavam sucessos locais, como Lobo Guerreiro 2  e Terra à Deriva, e blockbusters, como a franquia dos Vingadores e Avatar.

    Um executivo de uma grande empresa de exibição, que preferiu não se identificar, disse ao The Hollywood Reporter que esse segundo fechamento não será uma questão de uma ou duas semanas. ''Eles serão ainda mais cautelosos quando tentarem reabrir novamente — e isso nos atrasará por muito tempo".

    Confira o novo calendário dos filmes adiados pelo Coronavírus (atualizado)

    Muitos executivos de produção e distribuição encontram-se frustrados. Os estúdios têm recebido ordens específicas de reguladores para não vender seus longas-metragens não lançados nas telonas para os serviços locais de streaming. Segundos eles, os estúdios devem reter os títulos e ajudar na realocação da infraestrutura de exibição nos cinemas do país.

    "Não temos permissão para entrar online com nossos filmes e não podemos ir aos cinemas porque eles estão novamente fechados, por isso é como se não houvesse saída", relatou um executivo de uma das principais empresas de distribuição do país. "Eles precisam apresentar uma nova política e liberar alguns de nossos filmes on-line; caso contrário, muitas de nossas empresas de filmes fecharão o negócio".

    As ações da IMAX, uma das empresas que possui mais de 700 salas de cinema gigantes na China — aproximadamente metade de sua rede global — caíram. A companhia estava na expectativa de uma reabertura de telas na China, juntamente com o restante da infraestrutura de exposições do país.

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