Veterano diretor de elenco que trabalhou em Big Little Lies, Desventuras em Série, Sharp Objects e Little Fires Everywhere (a nova série de Reese Witherspoon e Kerry Washington), David Rubin foi elenco nesta quarta-feira (7) o novo presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, substituindo John Bailey após seus dois anos de mandato. Rubin, de 62 anos, é o primeiro abertamente gay a ocupar o posto, após 92 anos da organização.
Vencedor de dois prêmios Emmy (por Big Little Lies, em 2017, e Game Change, em 2012), Rubin concedeu uma entrevista ao The Hollywood Reporter após sua eleição. O presidente comentou de sua proximidade com a Academia de Artes e Ciências Televisivas, responsável pelo Emmy, e sobre um possível cenário em que as duas Academias se transformassem em uma só.
"Não sei sobre uma união entre as duas Academias, mas eu acho que deveríamos passar mais tempo focando na questão do que é um longa-metragem", ponderou.
"Isso é, de verdade, uma continuação do trabalho que comecei neste último ano. Espero que possamos unir os melhores colegas cineastas para tratarem a questão, porque está nas mentes de todos, e nós queremos ter certeza de que estamos reconhecendo as virtudes das melhores narrativas de qualquer forma que estiverem sendo digeridas."
Sobre ser o primeiro presidente abertamente gay da Academia, Rubin contou que está orgulhoso de romper a barreira invisível, e prometeu esforços em prol da diversidade na instituição.
"Tenho muito orgulho disso. Sou um cinéfilo ao extremo", confessou. "Enquanto gosto de filmes blockbuster, meu lugar feliz é o Festival de Sundance, onde posso ser visto assistindo a cinco filmes por dia, começando às 8h30 da manhã e indo até as 23h30."
Oscar 2020: Lady Gaga, Tom Holland e Adele estão entre os 842 novos membros da Academia"Na minha posição mais recente como secretário da Academia, minha esfera de operação era filiação e governância, então eu supervisionei e apoiei todos os esforços na Academia, que são muitos e variados. Tenho muito orgulho de nossos registros sobre diversidade no quadro de membros, que é onde a cultura vive", declarou, não deixando de fazer um mea culpa.
"Francamente, apesar de eu estar encantado pelo fato de haver tantas mulheres nos comitês executivos, acho que o foco de todos nós tem sido em diversificar o quadro de membros, e isso pode vir de pessoas de qualquer raça ou etnia."
Entre os 842 novos membros anunciados no início de julho, 50% são mulheres e 29% são pessoas não-brancas. No quadro geral, a Academia conta atualmente com 32% de mulheres, um acréscimo de 7% em relação a 2015. Em relação aos não-brancos, o número atual sobe para 16%, o dobro do que era em 2015, quando o quadro era apenas de 8%.