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    "Eu vou te matar", teria dito Brad Pitt para Harvey Weinstein após produtor assediar Gwyneth Paltrow

    A atriz tinha 22 anos de idade quando foi assediada sexualmente.

    "Se você fizer ela se sentir desconfortável mais uma vez eu te mato", teria dito o ator Brad Pitt ao infame produtor Harvey Weinstein. A revelação sobre o conteúdo do ultimato que o ator deu para o executivo foi feita por Gwyneth Paltrow durante uma participação no programa de rádio The Howard Stern Show que foi ao ar na última quarta-feira, 23 de maio.

    "Aquilo foi como jogar ele [Weinstein] contra a parede com muita energia", disse Paltrow. "Foi fantástico porque ele [Pitt] aproveitou de sua fama e poder para me proteger em uma época na qual eu não tinha poder ou fama ainda. Ele é o melhor." A "conversa" de Pitt com Weinstein se deu em 1995, na pré-estreia de Hamlet na Broadway.

    Foi em outubro do ano passado que Paltrow quebrou o silêncio sobre Weinstein pela primeira vez em uma entrevista para o jornal The New York Times. Na ocasião, a atriz que vive Pepper Potts no Universo Cinematográfico Marvel contou que tinha 22 anos de idade quando Harvey a convidou para o seu quarto de hotel com a justificativa de que precisava tratar de assuntos profissionais.

    O ano era 1995, e Paltrow foi contratada pelo executivo para atuar em Emma (1996), uma adaptação da obra de Jane Austen. Ao chegar no quarto de Weinstein, a atriz conta que o produtor a tocou sem seu consentimento, sugeriu que os dois fossem para a cama e ela fizesse uma massagem nele. "Eu era uma criança, era contratada, e fiquei paralisada", disse Paltrow ao NYT. À reportagem, a atriz contou que Brad Pitt, seu namorado na época, tinha tirado satisfações com Weinstein e que o executivo, então manda-chuva da Miramax, a ameaçou depois disso. "Eu pensei que ele ia me demitir. Ele gritava comigo por muito tempo. Foi brutal."

    Paltrow também contou que precisou fingir que nada havia acontecido e posar ao lado de Weinstein em fotos por não saber como processar o assédio que sofreu. Ela trabalhou novamente com Weinstein em Shakespeare Apaixonado (1998), filme que lhe garantiu um Oscar de melhor atriz. "Agora estamos em uma época em que as mulheres precisam mandar uma mensagem clara e dizer que isso acabou. Essa maneira de tratar as mulheres acaba agora."

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