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    Diretor de Death Note deixa Twitter após xingamentos e supostas ameaças de morte

    Desde a estreia do filme na Netflix, fãs do anime e do mangá têm usado a rede social para criticar o trabalho do cineasta.

    Trabalhar com arte — em qualquer expressão — envolve lidar com a reação do público e saber que as percepções sobre um trabalho nem sempre serão positivas. Cabe ao artista saber encarar críticas construtivas e cabe ao público saber criticar com civilidade e não ceder ao ranço autoritário de querer censurar o que não entende.

    O diretor Adam Wingard experimetou o pior do ódio na internet com a reação do público a seu trabalho em Death Note, fraca adaptação americana dos aclamados mangá e anime que conquistaram uma legião de fãs desde a última década.

    Para escapar do assédio de internautas, o cineasta deletou (ou tirou do ar temporariamente) seu perfil no Twitter, rede social onde costumava interagir com críticos do longa-metragem lançado na Netflix no dia 25 de agosto. "Desculpe, trolls, mas o artista sempre vence no final das contas", escreveu o cineasta no microblog um dia depois do filme chegar à plataforma de streaming, após a péssima recepção da maior parte dos fãs. "Eu adoro ver como as pessoas se sentem pessoalmente atacadas com esse tweet. É quase uma isca de trolls. Aqueles que mordem a isca expõem quem são."

    Wingard ainda escreveu que sabe aceitar comentários de quem não ficou satisfeito com seus trabalhos, mas concluiu que "[fazer] critica cinematográfica é diferente de ficar choramingando com cineastas no Twitter". A cada mensagem assim, o diretor recebia mais discórdia. Boa parte do que Wingard escreveu foi printada e gerou memes e piadas em sites como 4Chan e Reddit. 

    A saída de Wingard do Twitter chegou a gerar a especulação de que o cineasta tenha recebido ameaças de morte, conforme noticiado em sites como Movie Pilot e ComicBook.com — uma macabra ironia com a temática do filme.

    Death Note atualmente conta com um baixíssimo índice de aprovação em sites como Rotten Tomatoes (apenas 40% das críticas foram positivas) e Metacritic (43/100). No AdoroCinema, a nota média dos fãs para o filme foi de apenas 2 de 5 estrelas. Antes de dirigir Death Note, Wingard lançou o remake Bruxa de Blair (2016), que também foi destruído pela imprensa e não agradou os fãs do material original.

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