Nos últimos anos, a Sony vem enfrentando alguns problemas financeiros na divisão de filmes, o que tem deixado investidores preocupados com a vitalidade do estúdio da empresa em Culver City. Dias após anunciar um prejuízo de quase US$ 1 bilhão no seu setor cinematográfico e televisivo, a gigante japonesa de eletrônicos e entretenimento afirma que não tem pretensões de vender o seu estúdio, acabando com as especulações.
"Não há nenhuma chance de vendermos [o estúdio]. O segmento de filme é um negócio importante da Sony", disse em uma teleconferência Kenichiro Yoshida, diretor financeiro da empresa. A Sony vinculou seu prejuízo ao declínio mais rápido do que o esperado na venda de DVDs e Blu-ray, graças ao crescente negócio de streamings, como a Netflix.
Apesar das dificuldades, a Sony tem um bom negócio pela frente: a franquia Homem-Aranha. Com a reintrodução do herói, agora interpretado por Tom Holland, em Capitão América: Guerra Civil e o lançamento de Homem-Aranha: De Volta ao Lar no dia 6 de julho, a saga de Peter Parker está mais uma vez na boca do povo.
Com grandes possibilidades de lucro, a empresa admite que falhou ao ter escolhido vender os direitos de merchandising do personagem para a Marvel em 2011, quando estava produzindo O Espetacular Homem-Aranha. "Quando o setor de eletrônicos estava com dificuldades, nós vendemos alguns ativos do estúdio, como o direito de merchandising do Homem-Aranha, para levantar dinheiro à curto prazo em troca de fluxo de dinheiro à longo prazo", afirmou o diretor financeiro da empresa ao The Wall Street Journal.
Talvez os lucros de merchandising que a Sony obteria com Homem-Aranha fossem maiores do que os lucros de arrecadação nas bilheterias, mas o negócio não é de todo ruim. Afinal, parte do sucesso crescente do herói também reside nas negociações com a Marvel, para que o personagem possa aparecer em suas produções, como foi com Capitão América: Guerra Civil e como será em Vingadores 3: Guerra Infinita.