Ronit Elkabetz, um dos ícones da indústria cinematográfica de Israel, faleceu nesta manhã de terça-feira, 19 de abril, após lutar contra o câncer. A doença da atriz, diretora e roteirista não era um segredo, porém ela não comentava publicamente sobre o assunto, o que fez com que o anúncio da sua morte aos 51 anos fosse uma surpresa.
A carreira de Ronit estava em plena ascensão após o lançamento de O Julgamento de Viviane Amsalem, em 2014, filme no qual atuou e codirigiu com o irmão Shlomi Elkabetz. A produção ganhou dois prêmios, dentre eles o de Melhor Filme no Ophir (o Oscar israelense). Além disso, o longa foi indicado como Melhor Filme Estrangeiro para o Globo de Ouro de 2015 e foi selecionado por Israel para concorrer a uma vaga na mesma categoria do Oscar de 2014.
O Julgamento de Viviane Amsalem é a terceira parte da trilogia sobre uma mulher israelense que luta para conseguir o divórcio em meio a uma injusta lei local segundo a qual somente os rabinos podem firmar e dissolver um matrimônio. Os irmãos Elkabetz começaram a contar a história em 2004 com To Take a Wife e deram sequência em 2008 com Shiva. Todas as três produções participaram do Orphi, mas apenas os dois últimos filmes saíram premiados.
Em 1990, ainda sem ter estudado atuação, Ronit Elkabetz ganhou o papel principal no filme The Intended. Quatro anos depois, ela recebeu seu primeiro Orphi, como Melhor Atriz Coadjuvante por Sh’chur. Após se mudar para Paris em 1997 com a intenção de estudar, ela participou de uma série de longas que preencheram sua filmografia com fortes personagens femininas, como uma devastada prostituta lutando para criar sua filha em Or (2004); uma solteira dona de restaurante em A Banda (2007); e uma mãe nascisista alheia a sua família em Jaffa (2009).