Costinha e o King Mong (1977)
Vítima: King Kong (1976)
A maior vítima de Costinha e o King Mong não é a mocinha, como seria de supor, mas o politicamente correto – aliás, como na maioria das produções brasileiras do período. No filme de Alcino Diniz, o comediante (o Leslie Nielsen dos trópicos) é o Rei da Selva que, capturado pelos homens-leopardo, tem de escolher entre ser deglutido pelo macacão conhecido do cinema ou se casar com a rainha da tribo (Wilza Carla, uma vez linda vedete, na época já conhecida pelo alcunha de “gorda”). De quebra, a paródia ainda traz a musa das pornochanchadas Nídia de Paula como Jane (um crossover com Tarzan?)
“O humor de Costinha e o King Monk é simplório, com o herói reclamando do congestionamento de cipós ou dizendo que Wilza Carla está mais para elefante do que para rainha dos homens-leopardo (...) O que de mais encantador restou ao filme reside naquilo que parecia ser seu ponto fraco na época do lançamento: os efeitos especiais malfeitos. Como não rir do sofá em forma de mão, revestido de lona preta, que faz as vezes de mão do King Mong? Ou da sempre imóvel máscara do gorila? Ou da miniatura do Cristo Redentor que Mong escala?”, destaca Rodrigo Pereira no blog Filmes que Só Eu Vi.