Avatar popularizou as salas 3D nos cinemas nos anos 2010 e ainda há quem diga que James Cameron foi o único que realmente conseguiu fazer a tecnologia funcionar de verdade. Para o terceiro capítulo da franquia, Avatar: Fogo e Cinzas, o diretor também investe nessa tecnologia para dar vida ao mundo de Pandora.
O motivo para Avatar aparentar ter uma adaptabilidade maior à experiência tridimencional do que só usar óculos no cinema de enfeite é o fato de todo o aparato técnico de efeitos visuais e fotografia ser pensado para comportá-lo. Segundo Sam Worthington, que protagoniza a saga como Jake Sully, todos os outros filmes com 3D que ele já participou usam a ferramenta como um "truque":
"Eu participei do filme com a melhor experiência em 3D, e também participei daquele filme que provavelmente teve a pior experiência em 3D", disse referindo-se à Fúria de Titãs. "James criou câmeras 3D. Ele as construiu sozinho. Ele entende o mundo estereoscópico provavelmente melhor do que ninguém, e não o vê como um mero truque, defendeu Worthington em entrevista ao Collider.
James Cameron não se importa com as críticas às suas técnicas de imersão em 3D
20th Century Studios
A partir de Avatar: O Caminho da Água, James Cameron incrementou sua estratégia de fotografia em 3D com a Alta Taxa de Quadros, ou High Frame Rate (HFR). Isso significa que a quantidade de quadros/fotogramas por segundo é maior do que o convencional. Essa técnica é empregada para suavizar transições e aumentar a percepção de profundidade do espectador.
Essa ferramenta já foi usada por outros filmes como O Hobbit, de Peter Jackson, e sofre críticas pois muitas pessoas dizem sentir desconforto nos olhos e dores de cabeça. Quando questionado tais reclamações sobre High Frame Rate e 3D, o diretor demonstrou não ser influenciado por elas de forma alguma:
"Acho que os 2,3 bilhões de dólares [em bilheteria de Avatar 2] provam que vocês podme estar errados Bem, esse é o argumento da autoridade. Mas o argumento artístico é: eu gosto do filme e ele é meu", enfatizou Cameron em entrevista ao Discussing Film.
James ainda entrou em nível técnico em sua resposta ao explicar que, na verdade, o HFR ajuda o cérebro a processar os efeitos estereoscópicos do 3D na tela. Por isso, toda o processo de produção e ajustes desses efeitos é pensado o tempo todo pela equipe criativa do filme.
Avatar: Fogo e Cinzas entra em cartaz nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 18 de dezembro.