Na indústria cinematográfica da década de 80, cada história parecia extremamente nova. Em especial, dois filmes lançados em 1982 com semanas de intervalo marcaram história - embora a estreia de um deles tenha sido um retumbante fracasso nas bilheterias.
As estreias daquele ano procuraram fisgar o público com suas histórias e efeitos visuais, e uma amostra desse sucesso veio quando John Carpenter surpreendeu os espectadores ao apresentar O Enigma de Outro Mundo, uma de suas produções mais notáveis que, embora agora seja considerada uma obra cult de terror e ficção científica, ficou em segundo plano na época, perdendo os holofotes para E.T. - O Extraterrestre.
O contraste entre os habitantes do espaço sideral

O Enigma de Outro Mundo explorou o medo, a paranoia e a desconfiança, elementos sombrios que contrastavam com o tom esperançoso de Spielberg. O público, ainda comovido pela gentileza do cativante alienígena, não estava preparado para enfrentar o horror visceral que Carpenter oferecia.
E a crítica não ajudou muito: a obra chegou a ser chamada de "um filme nojento", como escreveu Vincent Canby, do The New York Times - daí outro aspecto fundamental da rejeição: seus efeitos especiais.
Considerados grotescos e até excessivos para a época, os efeitos mostravam perturbadoras transformações corporais e criaturas mutantes nunca antes vistas na tela. Embora esses efeitos sejam hoje um exemplo importante de criatividade técnica, em 1982 muitos críticos os chamaram de desnecessariamente repulsivos, desviando a atenção da narrativa.
Como o próprio diretor comentou na época ao This Distracted Globe: "Meu filme é exatamente o oposto de ET... É deprimente. É a coisa mais sombria que você já viu . Achei que fiz um filme realmente ótimo."

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