Maridos e Esposas: Críticas

Esse filme me deixa intrigado, porque bem na época de todo o escândalo de Woody e Mia Farrow esse filme caiu como uma luva. Como se tivessem pensado: "Agora vamos fazer um filme de nossas vidas e nos separar", algo que é realmente interessante. Talvez isso mostre como Allen leva seus filmes para um lado pessoal ao extremo. Inovações na edição e nas formas de gravar que são usadas até hoje! Quem acha que Woody Allen só sabe copiar ao seu estilo o filme dos outros certamente não conhece a mente do gênio dos filmes populares e cotidianos, uma boa pedida para quem tem mente aberta e sabe como funciona os relacionamentos. Chega a ser triste e cômico, bem ao estilo do diretor.

O quão interessante é o mundo "Woodyalliano" e sua maneira de concebê-lo. Os aspectos da narrativa torna a película mais interessante. O diretor nos convida a mergulhar no universos de dois casais, o que nos lembra a obra prima "Cenas de um casamento" de Ingmar Bergman. Da maneira que foi filmado, nos dá a sensação que o narrador está a acompanhar as personagens, pelas cenas tremidas e das transposições de cômodos dos ambientes. A impressão de um observador atento. O tema sexualidade é sempre recorrente, apesar de não ser a ideia central do filme. O foco no rosto dos atores também é um ótimo recurso, bem aproveitado pelo diretor. Ótimas atuações de Mia Farrow e Woody Allen, que como se sabe, pouco tempos depois tiveram um rompimento bem complicado, para não dizer escandaloso. Frase: "As vezes a gente pode sentir muito mais solitário quando está com alguém". Filme bom (não dos melhores de Allen), mas recomendado.

Maridos e Esposas:
    Atuações magníficas de Allen, lógico; Mia Farrow está ótima, em seu último trabalho com esse diretor, pois eles eram casados na vida real, mas após esse filme se seguiu um escândalo entre eles e então se separaram, parecido com o tema principal do filme em questão, "Maridos e Esposas", coincidência, que prova que a ficção está sempre aliada, às vezes mais, às vezes menos, à realidade. Julette Lewis também está bem e Sydney Pollack rouba a cena, demonstrando ser um grande ator, além de excelente diretor; o filme parte da comunicação do casal vivido por Allen e Farrow, a um outro casal amigo deles, que aqueles vão se separar, e isso influencia e muito a vida do outro casal, havendo várias peripécias e reviravoltas na trama do filme (roteiro como sempre excelente de Allen) até o desfecho do mesmo; o filme é uma máquina para lavar a roupa suja das relações amorosas, tudo aparece: traições, brigas, conflitos de egos dentro do casal, discussões sobre o futuro do relacionamento e também sobre eventuais amantes, etc., enfim, um dos melhores filmes de Woody Allen! nota: 8,0.

O filme conta a história de Gabe e sua mulher Judy, que ficam chocados ao saber que seus melhores amigos Sally e Jack estão se separando e começam a questionar o próprio relacionamento.

Maridos e Esposas é um dos filmes mais diferentes de Woody Allen. Ele utiliza muita câmera na mão(o que eu gosto bastante) e tem a ótima ideia de colocar uma espécie de entrevistas com os personagens no meio do filme.
Além disso, considero este um dos melhores e mais inventivos filmes da carreira de Allen, os diálogos são excelentes, percebesse que há muito improviso, o que te dá uma maior imersão e mais realismo a história.
O longa também apresenta muitos monólogos bem complexos e logicamente não teriam o mesmo peso se não fosse o esforço de todo o elenco, que por sinal estão todos ótimos, todos estão muito esforçados e conseguem transmitir com perfeição o sentimento do personagem.

Maridos e Esposas é um filme inventivo e excelente, sem absolutamente nenhum defeito.