Akira
Média
4,5
321 notas

29 Críticas do usuário

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Asia Mundi
Asia Mundi

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5,0
Enviada em 16 de dezembro de 2014
Akira foi o primeiro anime que eu assisti na minha vida. Eu era bem criança, mas ainda me lembro como se fosse ontem, passou em uma sexta feira á noite na Band, que naquele tempo ainda se chamava Bandeirantes.Comecei a assisti por que era um “desenho animado”, mas logo percebi que tinha alguma coisa de estranho com ele.Os traços eram diferentes e, algo que me deixou chocada, os personagens sangravam, coisa que eu nunca tinha visto em nenhum “desenho” antes.Assisti o filme inteiro sem piscar, não entendi nada da história, mas mesmo assim gostei.
Assistindo novamente tanto tempo depois, me chamou a atenção o fato de que esse anime de 1988, não envelheceu nadinha.Sua animação continua impecável e deixa muitos animes de hoje no chinelo.
anônimo
Um visitante
3,0
Enviada em 11 de dezembro de 2019
Após ler tantas críticas positivas e ver tanta gente endeusando esse filme devo dizer que não pude deixar de ficar desapontado ao vê-lo. Não me levem a mal, Akira é um filme de animação admirável apenas do ponto de vista técnico, para a época que foi feito, conseguiu sobreviver bem ao teste do tempo. As cores continuam vibrantes, e as cenas de ação são ótimas. Também é impossível não admirar a coragem temática de seu enredo, com uma ambição e profundidade raras em filmes do gênero. Mas o problema é que o filme tem todas essas concepções visuais e narrativas, mas não sabe direito o que fazer com elas. Muita coisa fica pela metade, você não consegue se envolver com os personagens, e a trama central é intragável para dizer o mínimo. Nada tem o impacto que deveria ter, bom, pelo menos para mim não teve. Ainda sim, é um filme que merece ser visto pelo legado técnico e influência em outros animes, inclusive acredito que os temas abordados aqui foram melhor desenvolvidos em outros filmes.
Adriano Côrtes Santos
Adriano Côrtes Santos

983 seguidores 1.229 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 23 de dezembro de 2024
Complexidade, inovação e estilo visual impecáveis.
Em uma Tóquio futurista e distópica, Kaneda e Tetsuo, dois amigos, se veem envolvidos em um perigoso experimento governamental que explora poderes psíquicos. Enquanto tentam sobreviver, suas vidas mudam drasticamente em meio ao caos e às revelações sobre o projeto "Akira". Uma obra-prima do gênero cyberpunk, "Akira" impressiona com seu visual detalhado e narrativa complexa, além de levantar questões filosóficas e sociais relevantes.
Jc V.
Jc V.

17 seguidores 60 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 7 de agosto de 2017
Akira é um exemplo de filme grandioso e atemporal, daqueles que continuarão atuais não importa quanto tempo se passe e jamais podem ser superados. A animação é incrível para a época e serve para ressaltar a grandeza desta magnífica história.
Em Akira o "poder" é motor de todos os conflitos: o governo militar que abusa de sua autoridade e desdenha do povo; a ciência inescrupulosa que usa cobaias humanas em busca de mais poder de destruição; e um garoto, Tetsuo, que se torna vítima de um poder muito além de seu controle. "O poder corrompe" diriam os filósofos, mas ao menos no universo de Akira o poder é corrupto por princípio.
Já Kaneda é um herói improvável. É arrogante, irresponsável e não muito inteligente, porém é sua lealdade aos amigos que o fazem, senão o herói ideal, ao menos um bravo e destemido combatente. E é por sua lealdade para com sua gangue que ele trava uma caçada em busca de vingança contra Tetsuo, mesmo não tendo a menor chance de vitória dado os poderes absurdos de seu rival. Porém, algo sempre impede Tetsuo de por um ponto final na vida de Kaneda, um sentimento, uma memória compartilhada só pelos dois. No fundo descobrimos que Kaneda não busca a derrota de Tetsuo, e sim sua redenção, numa reviravolta de emoções poucas vezes vistas em filmes Sci-Fi. Akira é transcendental, algo como um capítulo apócrifo de algum conto sagrado esquecido.
A trilha sonora é uma das coisas mais perfeitas já feitas, algo que inspira elevação e medo aos mesmo tempo. Vozes, tambores e som metálico que nos remete inconscientemente à algum ritual tribal. Envolvente, que nos pega pelo estômago.
As cenas fortes não poupam o espectador de jeito nenhum, todo terror dos personagens nos atinge como um trem, e a crueza e esquizofrenia das imagens são desconcertantes as vezes. Por fim, aos mais atentos, Akira é uma história de esperança e liberdade, onde as virtudes humanas (na figura, ironicamente, de seres sobrehumanos) são o que valem no final.
Resumindo, é uma obras-prima. Uma das maiores animações de todos os tempos, senão A maior.
Ricardo L.
Ricardo L.

62.937 seguidores 3.117 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 19 de setembro de 2019
Uma das melhores animações já criadas! Roteiro parece inicialmente confuso, mas depois descongestiona, levando ao público uma grande filme de animação. vale muito a pena sempre reve-lo.
Felipe F.
Felipe F.

3.709 seguidores 758 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 2 de novembro de 2020
É uma animação de uma qualidade incrível, principalmente para a época em que foi feita, é pesada, forte, e tem um roteiro ótimo, vale muito a pena assistir.
Nabokova
Nabokova

16 seguidores 112 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 29 de fevereiro de 2024
"A minha função não é acreditar ou não, é agir ou não" (Coronel Shikishima). ***
Dá pra perceber mesmo sem conhecer o mangá q aqui a história ficou bem condensada. Do meu ponto de vista, eu otimizaria as muitas cenas apoteóticas e catatônicas, as de explosões, luzes, metamorfoses, pra não ser obrigado a descartar algumas explicações pra poder caber em duas horas. Até conquistaria mais público além dos que vieram do mangá. Mas ainda assim é 5 estrelas, pra mim os japoneses são INSUPERÁVEIS nas animações. E sobre a interpretação, a q pareceu principal é a de q o homem realmente é capaz de levar adiante o desenvolvimento de criações q destroem a humanidade, pelo simples fato de conseguir fazer isso. Ou seja, um autodeslumbrado
ganancioso. My precious.
Anderson  G.
Anderson G.

1.361 seguidores 386 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 4 de novembro de 2017
É impossível não notar logo de cara como "Akira" influenciou e se usou de influencias como "Mad Max", é impossível dizer se o manga inspirou a direção de arte do primeiro "Blade Runner" ou se "Blade Runner" inspirou a direção de arte de "Akira", mas é vizível que um bebe da fonte do outro, isso é apenas um exemplo, pois inúmeros outros animes e filmes trazem elementos de "akira", como "Elfen Lied" ou ou tantos outros, "Akira" é politica, violência, vulgaridade, musica, ação, fotografia, "Akira" é um sinônimo da palavra POP, e um dos moldadores da cultura Cyber Punk no oriente e no ocidente. "Akira" em duas horas tem uma missão muito ingrata, ele tem que construir um universo inteiro e ainda contar uma historia cheia de simbolismo e subjetividade sem deixar o telespectador ficar distraído, obvio que ele se utiliza muito do grafismo para cumprir essa tarefa. mas primeiramente, a base de tudo, é o roteiro, roteiro esse que é a unica coisa do filme que não é perfeita, ela se confundi, trava, dá voltar, abusa de ex-machine, mas mesmo assim, ele é extremamente ousado, inovador, filosófico e grandioso, talvez até demais, contemplem as historias de Kaneda (Mitsuo Iwata) e Tetsuo (Nozomu Sasaki), dois amigos que são obrigados a se enfrentarem após um deles ser aportado de um poder psiquico, intrigas, reviravoltas, politica, juventude, guerra e sociedade são tratados no longa de Katsuhiro Otomo, deste a degeneração da juventude, no melhor estilo "Laranja Mecânica" até a a completa destuição de uma metropole, é realmente um roteiro que abrange muita coisa, apesar de se perder um pouco nessa longa estrada, ele sabe desenvolver os personagens parcialmente, por incrível que pareça, fica faltando um pouco de flash backs, e você tem problemas em definir um protagonista, ou até mesmo a real função de alguns personagem, pois isso não é contado ao telespectador, apenas mostrado, cabe a quem está assistindo ligar os pontos, e por favor né, o roteiro de "Akira" não é nenhum bicho de sete cabeças, ainda mais com a bagagem que temos hoje em dia, muitas coisas ficam de fácil interpretação mesmo a historia em alguns pontos deixar muitas pontas soltas, e o final, deixar o telespectador completamente confuso, é claro, ao menos que voce tenha lido o manga, ai será uma experiencia maravilhosa, mas temos que dar um desconto, é difícil adaptar mais de 2000 mil paginas de manga em duas hora de filme, diversos personagens ficam de fora ou são mal explorados. A primeira coisa que salta ao olhos em "Akira" é a beleza da animação que é algo completamente atemporal, gravado em I20 frames por segundo, algo extremamente avançado para a decada de 80, e todo feito a mão, detalhes, janelas, sombras, a beleza dessa animação é algo viceral e viciante, é impossivel não ficar apaixonado pelos movimentos, cores, ângulos, detalhes, grafismo, é realmente uma animação perfeita, que mesmo após mais de 25 anos se mantem acima do nível, conquistando gerações, tal qual sua trilha sonora, lotada de vozes e sintetizadores ela é tribal, mecânica, assustadora e casa completamente com o filme sempre deixando o telespectador vidrado em cena e partilhando das emoções mostradas em tela. Por fim, "Akira" é um simbolo de um movimento, pode parecer que falta muitas coisas em seu enrredo- Ao menos no anime- mas compensa com um visual atemporal e é um filme espetacular e único.
DANIEL BARRAL
DANIEL BARRAL

25 seguidores 227 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 25 de outubro de 2025
Primeira vez que eu assisto esse clássico do cinema japonês, e valeu super a pena. Um dos melhores animes que eu já vi, ótima história, ambientação, trilha sonora. Um filme que estava à frente do seu tempo, que revolucionou o gênero cyberpunk. Não é perfeito, teve defeitos, e o mangá original é bem mais detalhado, e aqui não adaptou muita coisa. Mas mesmo assim, é muito bom.
anônimo
Um visitante
4,5
Enviada em 4 de junho de 2025
A Revolução Cinematográfica de Akira

Lançado em 1988, Akira é muito mais do que um marco da animação japonesa — é uma obra-prima que funde crítica social, filosofia existencial e estética cyberpunk em uma narrativa visceral. Dirigido por Katsuhiro Otomo, o filme adapta seu próprio mangá homônimo, condensando seis volumes em uma experiência audiovisual densa e provocativa. Ambientado em Neo-Tóquio (2019), uma metrópole pós-apocalíptica, a trama acompanha a amizade despedaçada entre Kaneda e Tetsuo, enquanto este último adquire poderes telecinéticos que espelham as tensões de uma sociedade à beira do colapso.

Enredo e Estrutura Narrativa: Caos e Controle

Akira começa com a destruição de Tóquio por uma explosão misteriosa em 1988, evento que desencadeia uma Terceira Guerra Mundial. Três décadas depois, Neo-Tóquio é um cenário de desigualdade, violência estatal e rebelião juvenil. A gangue de motociclistas liderada por Kaneda simboliza a resistência anárquica contra um governo corrupto, enquanto Tetsuo, inicialmente um coadjuvante frágil, torna-se um catalisador do caos ao ser exposto a experimentos militares.

Pontos-chave do enredo:
1. A Ascensão e Queda de Tetsuo: Sua transformação de vítima a tirano reflete temas nietzschianos do Übermensch corrompido pelo poder. Sua incapacidade de controlar suas habilidades psíquicas ecoa a crítica ao transhumanismo desregrado.
2. A Busca por Akira: A figura messiânica de Akira, cujo nome é invocado como uma força divina, representa o dualismo entre criação e destruição — um deus absconditus em uma sociedade pós-religiosa.
3. O Clímax Cósmico: A singularidade gerada por Tetsuo e Akira remete a teorias do Big Crunch, sugerindo um ciclo eterno de destruição e renascimento.

Temas Filosóficos: Poder, Alienação e Existencialismo

1. A Crítica ao Estado e ao Controle Social
Neo-Tóquio é um microcosmo de falhas institucionais:
- Fascismo Tecnocrático: O Coronel Shikishima e o Dr. Onishi encarnam a obsessão pelo controle, usando crianças como cobaias em nome da "segurança nacional" — uma alegoria aos horrores da experimentação humana (., Unit 731).
- Violência Policial e Revolta: Cenas de protestos reprimidos brutalmente anteciparam movimentos como o Black Lives Matter, destacando a opressão estatal como um ciclo histórico.

2. A Juventude Desamparada
Os personagens centrais são órfãos criados em um sistema que os negligencia:
- Kaneda vs. Tetsuo: Enquanto Kaneda personifica a rebeldia inconsequente, Tetsuo é a materialização da raiva acumulada por anos de humilhação. Sua queda é uma tragédia grega moderna, onde a hybris (soberba) leva à autodestruição.
- Espers e a Perda da Infância: As crianças psíquicas (Takashi, Kiyoko, Masaru) simbolizam a inocência corrompida pelo poder, reminiscente dos Wunderwaffen nazistas.

3. Transhumanismo e o Horror Corporal
A metamorfose de Tetsuo em uma massa amorfa de carne e metal é um dos exemplos mais impactantes de body horror no cinema:
- A Fragilidade da Carne: Sua transformação questiona os limites da humanidade, ecoando filosofias como a de Donna Haraway sobre o cyborg.
- Tecnologia como Extensão do Eu: A moto de Kaneda e o braço robótico de Tetsuo são próteses que refletem identidades conflitantes — uma crítica ao fetichismo tecnológico.

4. Existencialismo e o Vazio Pós-Moderno
O final ambíguo de Akira abre espaço para interpretações:
- Nietzsche e o Eterno Retorno: A destruição de Neo-Tóquio sugere um ciclo infinito de caos, alinhando-se à ideia de "eterno retorno" .
- Budismo e Renascimento: A singularidade final pode ser lida como um nirvana destrutivo, onde Tetsuo transcende para um plano além da compreensão humana.

Akira não apenas popularizou o anime no Ocidente, mas também:
- Inspirou The Matrix, Stranger Things e Chronicle: Sua estética cyberpunk e temas de rebelião juvenil permearam a cultura pop.
- Revolucionou a Animação: Com 160 mil quadros pintados à mão e um orçamento recorde, elevou o padrão técnico do gênero.
- Previu o Futuro: A profecia dos Jogos Olímpicos de Tóquio (2019/2020) e a crítica ao abandono social são assustadoramente atuais.

Mais de três décadas depois, Akira permanece relevante porque:
1. É um espelho da sociedade: Sua crítica à desigualdade, autoritarismo e alienação tecnológica ressoa em tempos de IA e distopias reais.
2. Desafia o espectador: A narrativa não oferece respostas fáceis, exigindo reflexão sobre poder, amizade e destino.
3. É uma obra de arte total: Combinando animação revolucionária, trilha sonora experimental e profundidade temática, Akira é um Gesamtkunstwerk do cyberpunk.

"Akira não é apenas um filme — é um aviso."
— Uma síntese de seu legado como alegoria do colapso civilizacional .

Para uma experiência completa, recomenda-se assistir ao filme em versão original e explorar o mangá, que expande os temas aqui discutidos.
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