"DOIS É BOM, TRÊS É DEMAIS", de Anthony & Joel Russo, está em cartaz no Cine Roxy 2 e nos complexos Cinemark da região. Os dois personagens do título em português (já que em inglês o título é "YOU, ME AND DUPREE") são Carl (Matt Dillon) e sua esposa, Molly (Kate Hudson), que se casam numa cerimônia maravilhosa numa ilha situada na Polinésia. O terceiro personagem do título é o padrinho de casamento e também o melhor amigo de Carl, Dupree (Owen Wilson). Dupree é aquele sujeito que não é muito chegado em trabalho, que possui uma visão da vida tipo livro de auto-ajuda, mas que possui um coração do tamanho do mundo. Quando soube que Dupree havia sido despedido de seu emprego e que estava dormindo na cama de um boteco, Carl decide levá-lo para sua casa. É o chavão de sempre: o que no início deveria ser uma estadia de alguns poucos dias, se transforma num prazo sem fim. E para dar contornos de gravidade à situação, Dupree entope a privada, quebra objetos, toma conta do controle remoto da televisão, enfim, faz uso de todo o seu arsenal de atitudes de indivíduo folgado. Por seu lado, Carl sofre uma imensa pressão de seu chefe, que também é seu sogro (Michael Douglas), que o detesta a ponto de pedir para que ele se submeta a uma vasectomia. Lembrem-se, o casamento havia ocorrido há menos de um mês. Foi muito fácil me identificar com Carl: pressão e incompreensão no trabalho; em casa a situação ía de mal a pior, pois não tinha mais privacidade com a esposa. Para tornar as coisas mais "dramaticamente" engraçada, Molly descobre a coleção de vídeos pornôs asiáticos que eram colecionados por Carl. Quando as brigas entre Carl e Molly tornam-se freqüentes e eles se distanciam, Carl passa a imaginar que sua esposa podia estar tendo um caso com Dupree. O filme é previsível do primeiro ao último fotograma, mas que cumpre sua função de entreter, o que não é pouco para as produções atuais.