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cinetenisverde
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1.122 críticas
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4,0
Enviada em 15 de janeiro de 2017
Com uma fotografia impressionante se considerarmos que foi produzido com 7 mil dólares, o núcleo de Primer é o relacionamento entre dois cientistas após eles descobrirem/inventarem uma maneira de viajar para o passsado. O uso racional e ético da questão são os pontos fortes que fazem com que os diálogos não-técnicos entre Aaron (Shane Carruth) e Abe (David Sullivan) enriqueçam cada vez mais a história. Quando as coisas começam a dar errado, o resultado é tão confuso que espectadores de primeira viagem podem se sentir completamente perdidos da metade para o final. No entanto, o esforço para que imaginemos o que está acontecendo é compensatório, pois a sensação única de estar vendo um filme realista sobre viagem no tempo não tem preço.
Antes de começar a criticar, gostaria de dizer que assisti ao filme legendado e recomendo que não faça o mesmo. Se você encontrar a opção dublada, sugiro que siga essa opção. Dito isso, tem ideias que precisam ser expostas sobre esse filme.
Primeiro, antes de mais nada, é um filme difícil de ser entendido devido a viagem no tempo que norteia a história, o que não é incomum para filmes do gênero. Mas não é uma obra incompreensível. A maior parte do roteiro consiste no diálogo entre os dois protagonistas sobre as diversas implicações práticas do uso da máquina do tempo inventada por eles. Eles debatem bastante, incluindo os detalhes técnicos (o que confere mais verossimilhança ao filme) e ficam confabulando soluções que envolvem linhas do tempo distintas. O problema é que os diálogos são atropelados e empurrados no roteiro com muita pressa, sendo que são a sustentação da obra (há um conjunto de razões técnicas e artísticas pra todos aqueles diálogos existirem). Isso acaba dificultando ainda mais a assimilação do roteiro. Na minha visão, isso também revela uma limitação intrínseca, pois tornar os diálogos tão essenciais faz de todo o resto secundário, o que é um desperdício de tempo e espaço.
Mas o filme acerta em ser curto, o que o torna menos denso, mais dinâmico e mais palatável. Eu senti falta da aparição e brilho de personagens alternativos e gostaria que algumas cenas e trechos durassem mais do que o determinado, para o próprio bem do filme. Mas, considerando o orçamento estimado, podemos entender a forma que o filme tomou. Ser objetivo demais talvez tenha sido uma escolha questionável e a baixa carga dramática também é um problema. Mas o filme não é um desastre. Funciona bem, suas partes são coesas e as explicações científicas adicionadas são do mais alto nível. Obra razoável.
Essa premissa que um filme é uma peça de arte pra ser apreciada uma única vez é desmoronada em Primer. Se pensarmos que a música contemporanea precisa ser apreciada e "degustada" várias vezes pra sua total compreensaão, o mesmo acontece em Primer, um filme que foi propositadamente criado pra ser entendido após mais-de-uma apreciação. O roteiro é fantastico, em multi-camadas, intrincado e complexo na dose certa, já que propoe paradoxos de espaço-tempo que formam a base da narrativa. E esses paradoxos não sao apenas apresentados ao espectador. Quem assiste é literalmente colocado como um olhar em perspectiva desse paradoxo. Só pra citar um exemplo, a cena em que Thomas Granger parece descobrir sobre a maquina parece totalmente desconexa da trama, mas ela faz parte de uma versão de realidade que é descartada pelos protagonistas, e portando, descartada do filme em si ! Genial.
imagine vc acordar um dia e souber de forma misteriosa tudo o que vai neste dia , paranóia ? talves mas se vc estiver tendo um grande dejavú , talvez vc já tenha vivido tudo aquilo ou simplesmente voltou no tempo e todo o tempo consigo , mas , só vc sabe disto .
Resumidamente, a menos que você seja algum tipo de gênio que precisa ser descoberto imediatamente pelos grandes institutos e universidades, você vai precisar ver o filme mais de uma vez para entender (e isso parece ter sido intencional da parte dos criadores, e acaba sendo mérito e defeito ao mesmo tempo) ou buscar a explicação já mastigada. E a história não é tão cativante assim , do tipo que te obriga a ver de novo por prazer. Seria pela necessidade de conseguir compreender a trama. Diria que não vale a pena.
Filme legal, pelas condiçoes e por quem foi feito o filme foi um ótimo trabalho, porém é muito complicado e exige muita atençao, mas é um bom filme. Recomendo.
Simplesmente um dos melhores filmes sobre viagem no tempo desde Donnie Darko! A tensão entre os dois personagens (Abe e Aaron), faz com que sintamos toda a tensão e preocupações de um projeto instável!
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