A promotoria de Nova York está processando 20 integrantes da família Lucchese, acusando-os de terem cometidos 76 crimes. Entre eles está Jack DiNorscio, que passou metade de sua vida na prisão e recusou um acordo para delatar os demais, em troca de uma pena menor. Único dos acusados que já está preso, condenado por outro crime, DiNorscio demite seu advogado e passa a se defender no julgamento coletivo, que dura cerca de 2 anos. "Find Me Guilty" possui um grave erro conceitual: a história não é uma comédia e sim um drama com momentos cômicos. Esta decisão equivocada prejudica todo o filme, que tenta fazer rir onde não há motivo algum. A trilha sonora, escolhida se baseando neste equívoco, também prejudica bastante. E, para completar o conjunto de decisões erradas, Vin Diesel foi uma péssima escolha para o papel. Apesar de seu jeito debochado de si mesmo, que até combina com o personagem, Diesel não possui expressividade alguma. Quando o personagem lhe exige um pouco mais é visível sua incapacidade de atuar. O ápice desta constatação é quando Jack recebe a notícia de que sua mãe morreu. Sem conseguir chorar, Sidney Lumet fez com que Diesel colocasse a mão no rosto, escondendo-o, e posicionou a câmera de forma que o rosto não fosse visível pelo público. Constrangedor, não apenas para Diesel como também para o próprio Lumet. É verdade que há até bons momentos quando Jack se defende no tribunal, mas estes são méritos não do diretor Sidney Lumet ou de Vin Diesel mas sim da própria história, que usou alguns diálogos do julgamento verídico. Fraquíssimo e um dos piores filmes deste Festival do Rio.