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    Muito Mais que um Crime
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    3,8
    14 notas
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    3 Críticas do usuário

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    Eduardo
    Eduardo

    9 seguidores 72 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Acreditando na inocência do pai, conceituada advogada tenta defendê-lo da acusação de atrocidades cometidas na Hungria, durante a ocupação nazista. O pai, considerado um homem íntegro, é idolatrado pela família, principalmente pelo neto, filho da protagonista. No desenrolar da história, porém, tudo se revela como uma grande mentira. A advogada, então, começa a refletir sobre a sua vida e a personalidade do pai. Ao descobrir os crimes cometidos por ele, entrega-o à justiça e tenta desmitificar a imagem do avô junto ao filho, que o considerava herói. O título original é MUSIC BOX. A personagem encontrou as provas contra o pai numa caixa de música. Fotos que mostram que ele torturava, matava judeus e ciganos. A verdade sai da escuridão e vai à luz, para derrubar mentiras e ilusões. Em Português, o filme chama-se MUITO MAIS QUE UM CRIME. Título que resume a idéia principal: a questão não está no crime em si, mas na importância de nunca se esquecer de erros e da violência que a Humanidade comete ao longo da História. O filme foi produzido pelo cineasta grego Constantin Costa - Gravas. O cineasta é conhecido por sempre abordar questões políticas e denunciar abusos de regimes ditatoriais: A confissão (1970) mostra o totalitarismo do regime comunista na Tchecoslováquia. Estado de sítio ( 1973) expõe a situação da guerrilha Tupamaro no Uruguai. Seção especial de justiça( 1975) desvenda a corrupção política na França. E Missing- O Desaparecido( 1982), que tem como pano se fundo a Ditadura do Chile. Quando tudo parecia condenar o pai, surgia uma prova para inocentá-lo, aí aparecia uma outra contra ele. Essa maneira de contar a história torna o filme muito atraente e prende o espectador até o final, quando tudo se esclarece. A estrutura da narrativa, porém é simples, sem pretensões de romper artisticamente o modo de fazer um filme. Tem como objetivo apenas, transmitir a mensagem. Os temas do filme são atemporais: ética, humanidade e justiça. A personagem principal buscou a verdade ideal platônica, rompendo com interesses particulares, desejos, opinião, interesse particular e senso comum. "A filosofia corresponderia a um método para se antigir o ideal em todas as áreas pela superação do senso comum, estabelecendo o que deve ser aceito por todos, independente de origem, classe e função. É isso que significa a universalidade da razão. A prática filosófica envolve assim, em certo sentido, o abandono do mundo sensível e a busca do mundo das idéias."( Marcondes, Danilo, Iniciação à história de filosofia. pág.51). Ela se distancia da escuridão do mundo das sombras para encontrar a luz da razão, que vai além da sua profissão de advogada e o papel de filha como na "Alegoria da Caverna" de Platão. O filme é muito interessante como exemplo para uma discussão sobre ética. Há indivíduos que vestem eternamente a roupa da profissão. Esquecem que antes de advogados, médicos, economistas, são pessoas que precisam praticar o bem e não prejudicar o outro. "...Aquele que se liberta das ilusões e se eleva à visão da realidade é o que pode e deve governar para libertar os outros prisioneiros das sombras: é o filósofo-político, aquele que faz de sua sabedoria um instrumento de libertação de consciências e de justiça social, aquele que faz da procura da verdade uma arte de desprestigitação, um desilusionismo."(Os pensadores. Platão, pág.26) A personagem foi além da profissão e da condição de filha para que a justiça e o bem prevalecessem.
    Fabrizio Roger Vigni
    Fabrizio Roger Vigni

    5 seguidores 61 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 19 de maio de 2020
    Muito mais que um crime" (outra "pérola" de tradução de título para "Music box") é um filme americano de 1989. Inspirado vagamente em fatos reais, o roteiro é do húngaro Joe Eszterhas, escritor desconhecido para muitos, mas dono de um currículo invejável sendo autor de sucessos planetários come "Flashdance", "Basic instinct", "Showgirls" e outros.
    O diretor grego Costa-Gavras se utiliza desse roteiro para contar a história de um homem húngaro que mora nos EUA há 37 anos e um dia é acusado de forjar seus documentos para esconder um passado como criminoso de guerra.
    Para tornar tudo mais cinematográfico, são adicionados alguns artifícios um tanto apelativos, como o advogado defensor do suposto criminoso ser a própria filha dele (Jessica Lange, desse modo o filme joga com o sentimento de ambiguidade dela (monstro ou perfeito pai de família?) Contudo, apesar de serem pura ficção, esses elementos acabam funcionando aqui, prendendo a atenção do espectador. Apesar de algumas questões que não fazem muito sentido (por que um criminoso de guerra húngaro seria julgado por um tribunal dos Estados Unidos?), o filme tem uma ótima atuação de Jessica Lange, que até lhe rendeu uma candidatura ao Oscar como melhor atriz protagonista em 1990. Naquela ocasião, quem levou a estatueta foi outra Jessica, a Tandy, até hoje a atriz mais velha (81 anos) a ganhar um Oscar por "Conduzindo Miss Daisy".
    Bom!
    William Castilho W.
    William Castilho W.

    5 seguidores 27 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 11 de junho de 2014
    “Quando o elenco e o roteiro são certos para Costa-Gavras – como acontece aqui –, ele pode dar a um melodrama de tribunal a força e a excitação de um thriller. (…) Não há flashbacks; não há aparatos de choque. Lange está prestes a mergulhar no estarrecedor. Costa-Gavras cria uma atmosfera em tom menor, controlada, e ela a enche de paixão. Este é um exemplo pouco comum da lucidez com que se conta uma história.”
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