A regra básica para qualquer documentário é: fale sobre um tema que provoque interesse no público, que o faça assistir e se informar sobre o tema apresentado por mais ou menos duas horas. O grande problema de "Um Passaporte Húngaro" é justamente que este tema interessante não existe. O filme é na verdade o desenrolar do processo do pedido de nacionalidade húngara feito pela própria diretora, Sandra Kogut, cujo avô era húngaro e imigrou para o Brasil cerca de 60 anos atrás. Neste processo são entrevistados amigos da diretora, sua avó e diversos funcionários de embaixadas. Enquanto o filme tenta apresentar um panorama do que era o Brasil e a Europa na época em que os avós da diretora imigraram "Um Passaporte Húngaro" até provoca interesse, mas este tema é o menos explorado durante o filme. Durante grande parte o que é visto é o processo burocrático do pedido de nacionalidade, que não provoca interesse algum a não ser por uma ou outra curiosidade, que de vez em quando surge em cena. Nada que sustente a criação de um documentário apenas para falar deste assunto.