Lugar Nenhum na África
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SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

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2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Inúmeros filmes já tiveram a África como palco. Pode-se falar que dezenas de filmes tiveram a segunda guerra mundial e o anti-semitismo como mote. A junção destes temas já deu origem a visões preconceituosas com forte influência dialética da realidade. Está longe de ser o caso do vencedor do Oscar de filme estrangeiro do ano de 2003. Walter (Merab Ninidze) é um judeu-alemão que se exila no Quênia às vésperas da eclosão da segunda grande guerra. Em seguida sua esposa, Jettel (Julliane Köhler) e sua filha Regina (Lea Kurka) justam-se ao patriarca no meio do nada, ou seja, num local que em nada lembrava a vida burguesa que a família tinha quando vivia na Alemanha. Os planos iniciais de Jettel era de ficar por pouco tempo naquela terra inóspita. Ela inclusive não quis desembrulhar sua louça valiosa. Apesar de alertada pelo marido e de todos os indícios de que a perseguição aos judeus iria aumentar com a proximidade do início da guerra, Jettel negava a realidade a sua volta. E o paradoxal é que a visão dela em relação aos quenianos é idêntica a dos alemães diante dos judeus. O olhar do preconceitos, de considerar a sua cultura como sendo superior à outra. Ao longo da narrativa - que se estende até o final da guerra - Jettel vê a sua postura modificar-se por completo. Os dois personagens mais interessantes são o da menina Regina e do cozinheiro africano que trabalha para a família, Owuor (Sidede Onyolo). Ao contrário de sua mãe, Regina se adapta de imediato à sua nova realidade. E, além disso, passa a ter prazer em viver no seu novo país. Owuor e Regina se completam. E, de forma simbólica, representam como as coisas deveriam supostamente funcionar com o entrochoque de culturas diferentes. "LUGAR NENHUM NA ÁFRICA" consegue mostrar toda a desgraça que pairou sobre os judeus na época mais inglória da história da Alemanha sem ao menos mostrar um único campo de concentração. Também nos dá uma visão da África não apenas na ótica do colonizador. Brilhante. As mais de duas horas de duração passam tão rapidamente que você mal perceberá.
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