Joe Gavilan (Harrison Ford) e Calden (Josh Hartnett) formam uma dupla policial que foge do usual. Gavilan, o mais experiente, também é corretor de imóveis nas horas livres para poder pagar as pensões de suas ex-esposas. Calden, o jovem discípulo, gostaria de tentar sua sorte como ator, e para tanto começa a ensaiar o papel principal de "Um bonde chamado desejo", papel que um dia já foi de ninguém menos que Marlon Brando. Na época em que ele era magro, bonito e que seus cachês não tinham tantos zeros nos contracheques. O diretor Ron Shelton tenta fazer uma comédia policial, que temos às dezenas anualmente nas telonas. Se ainda conseguisse resultados como em "Um tira da pesada" ou "Duro de matar", tudo bem. Infelizmente o resultado é sofrível. Ficamos na espera da gag correta para podermos rir, mas isso acontece de forma pífia. A ação também não é o forte quando Shelton dirige. Daí, o resultado ser de uma fragilidade ímpar. O filme serve para comprovar que a carreira de Harrison Ford está próxima do fim. Ele não deveria se expor ao ponto de fazer cenas em que o seu corpo sessentão é exposto ao grande público, como quando vai transar com Ruby (Lena Olin), que por sinal também está bem caída. Sem coerência no roteiro, sem graça, sem nota.