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    Lavoura Arcaica
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    4,0
    72 notas
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    7 Críticas do usuário

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    5 críticas
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    Kamila A.
    Kamila A.

    7.074 seguidores 780 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 17 de julho de 2014
    “Lavoura Arcaica”, filme baseado na obra do escritor Raduan Nassar e dirigido por Luiz Fernando Carvalho (mais conhecido por seus trabalhos na televisão como nas novelas “Renascer” e “O Rei do Gado” e na minissérie “Os Maias”), acompanha a história de uma família. Um grupo que vivia em uma fazenda, ganhando a vida e o alimento no trabalho nas plantações (para os homens) e nos afazeres domésticos (para as mulheres). Uma família de maioria feminina – fora a matriarca, havia a presença de quatro filhas – e que esperava dos seus homens um papel bastante pré-definido.

    A família não interagia muito com outras pessoas e se apoiava, basicamente, no seguimento de uma rotina inflexível e nos ensinamentos do patriarca (Raul Cortez). E era na mesa de jantar, durante as refeições, que eles recebiam os valiosos ensinamentos que são tão típicos e que passam de pai para filho. Sem dúvidas, todos ali viviam um dia-a-dia sufocante e, por incrível que pareça, os momentos na mesa era, de certa maneira, aliviadores.

    Tal pensamento não era compartilhado por um dos filhos do casal, André (Selton Mello, que exagera na sua atuação no início, mas logo encontra o tom da personagem), um rapaz claramente diferente e, mais sensível do que o normal. Aparentemente, André é o queridinho da mamãe, prefere o silêncio e os momentos de solidão. Com o tempo, ele passará a ser atormentado por um sentimento que vai de encontro a tudo que lhe foi passado e ao que aprendemos ser moralmente inaceitável, errado e antinatural. Ele se apaixonou pela irmã, Ana (Simone Spoladore, que não diz uma palavra no filme, mas constrói sua personagem baseada em uma excelente presença de cena), e por não conseguir conviver com isto, abandona o lar.

    O histórico desta família é revelado para a platéia através de conversas entre André e seu irmão mais velho Pedro, o qual viaja para convencer André a retornar para casa. Os dois travarão uma batalha de pontos de vistas diferentes: enquanto Pedro argumenta que a família de André se desintegrou com a sua partida; este afirma que a família já havia se afastado há muito tempo, a partir do momento em que os ensinamentos do pai deles não condiziam com a realidade na qual ele queria acreditar – e que consistia no fato de que a felicidade (representada pelo amor de Ana) só poderia ser encontrada no seio da família.

    Magnificamente fotografado por Walter Carvalho (“Central do Brasil” e “Cazuza – O Tempo Não Pára”), “Lavoura Arcaica” não é um filme fácil de se assistir e nem todos vão sair da sala de projeção se sentindo agradados com o que viram. Seu tema principal é as diferenças de pensamentos que separam cada geração e a rebeldia que nasce disto. André passa o filme inteiro lutando para provar o seu ponto de vista, para mostrar ao pai – e ao irmão – que a “lavoura” de pensamentos deles eram arcaicas. O que ele demora para perceber, assim como acontece com todos os filhos, é o quanto o pai dele estava certo. E não muito longe, ele próprio (André) irá ter a sua própria lavoura, não de pensamentos arcaicos; e sim de pensamentos de vida.
    Ana Claudia C.
    Ana Claudia C.

    8 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 23 de junho de 2013
    Um filme raro. Uma narração emocionante e difícil se encontrar. É preciso uma dose de erudição para perceber que a proposta é sentir cada cena, cada lágrima, cada desespero como se fosse o seu.
    roberto mauro zebral da silva
    roberto mauro zebral da silva

    4 seguidores 23 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Mais uma obra-prima do cinema brasileiro, em imagens, trilha sonora e tema abordado. Não foi à toa que Lavoura Arcaica foi um dos filmes mais premiados na história do cinema nacional. O tema do filme é de difícil compreensão: André, filho mais novo, o ovelha negra, o desgarrado, e até mesmo com comportamento incestuoso pela sua irmã Ana, vive a loucura de se rebelar contra os paradigmas da insuportável estrutura familiar. Não serão todos que compreenderão a mensagem da película. Filme belo e ousado. Sublime. Espetacular. Nota 10. Filme para poucos.
    Wellingta M
    Wellingta M

    874 seguidores 257 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Porcaria e pretenciosa é essa sua crítica, se é que assim pode ser chamada. Quem é você para dizer se vamos ou não lembrar desse filme?
    c4rlc4st
    c4rlc4st

    894 seguidores 316 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 22 de julho de 2018
    Uma obra poética. Cheia de metáforas linguísticas e visuais. Os mais selvagens e primitivos sentimentos e sensações do portagonista são exprimidos com discursos rebuscados e eruditos, o que confere um pouco de aceitação aos seus desejos absurdos. É um filme que castiga, e o seu final, parece nunca chegar. Seria beneficiado com um pouco mais de objetividade e independencia do material fonte, no entanto, a direção convicta e a magistral fotografia faz de Lavoura Arcaica uma obra prima brasileira.
    Alberto Federman N.
    Alberto Federman N.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de maio de 2016
    É um filme Lindo, extremamente Poético e Dramático. O Elenco, de peso, tem excelente performance e a Fotografia é primorosa. Uma Obra-Prima. Um de meus filmes favoritos. Talvez um dos melhores filmes do Brasil e merecia estar entre os grandes filmes do Mundo.
    Assistam Lavoura Arcaica, porque é muito bom.
    Sidnei Rodrigues Noronha
    Sidnei Rodrigues Noronha

    2 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    ...A obra de Luiz Fernando é minuciosa com uma linguagem difícil e rebuscada, os contrastes, as imagens turvas, o traço barroco é uma constante em “Lavoura Arcaica”.
    O filme é provocante e exuberante, ultrapassa o tempo, o espaço e a cultura, é um retrato sobre o humano envolvendo o trágico e o lírico conforme muito bem expresso na critica de André Parente e Liliane Heynemann intitulada “Lavoura Arcaica, o cinema e o tempo não-reconciliado” que diz: “São dois tempos irreconciliáveis: o tempo trágico, e o tempo lírico, o tempo trágico em que o intolerável domina e leva o personagem à cólera e à perda de si mesmo típica do herói trágico, e o tempo lírico no qual a volúpia amorosa domina e o mundo é pura germinação de sensações.”
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