O Xangô de Baker Street: Críticas

O xangô de Baker Street é um filme brasileiro que teve a direção de Miguel Faria Jr que também participou do roteiro ao lado de Patrícia Melo. O filme é inspirado no livro com o mesmo nome do saudoso Jô Soares (que faz uma breve participação no filme). No filme acompanhamos Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) e seu companheiro Watson (Anthony O’Donnell) chegando no Rio de Janeiro para investigar um roubo de um violino na época do final do segundo reinado. Assim como começa a acontecer uma série de assassinato brutais de mulheres. O filme é muito bem ambientado não apenas diante do cenário, mas de todo o contexto histórico vividos, como as teorias evolucionistas em alta, a questão abolicionista e até mesmo teoria da eugenia em uma roda de conversa. Precisamos destacar que tanto no livro quanto no filme, o personagem de Holmes é motivo de piada em diversas cenas, mas a atuação de Almeida parece não ter contribuído para tal, quem rouba a cena é Watson (com uma cena que ele inventa a caipirinha). Além de hoje consagrados atores brasileiros que participaram como o Marco Nanini e Marcello Antony. Alguns erros técnicos, em especial da equipe de som não favoreceu a perfeição que o filme merecia, pois em algumas cenas dentro dos casarões era possível ouvir os ecos dos personagens. No demais, talvez alguns não vão gostar do final do filme, mas o que vale é que temos uma grande obra do saudoso Jô nas telas.

O filme "O xangô de Baker Street" é bastante fiel ao livro "O xangô de Baker Street". E talvez até seja por isso que não tenha considerado o filme nada de excepcional, pois não sou fã do livro. Existem algumas passagens que ficaram melhor no filme, mas o final, por exemplo, perdeu no cinema todo o impacto que tinha no livro. No mais, vale ressaltar a excelente caracterização de época e produção, que estão impecáveis, e ainda as atuações de Anthony O'Donnell como Dr. Watson - de longe o melhor do filme - e de Joaquim de Almeida como Sherlock Holmes, que protagoniza algumas cenas divertidas e interessantes. Um bom filme e nada mais.

Tecnicamente perfeito e excelente trabalho dos atores. E é só. O enredo, ao contrário, é péssimo, não tem graça nem sentido. Jô Soares tentou dar uma originalidade extremamente forçada à sua história, que não teria um centésimo da repercussão que teve se tivesse sido escrita por um escritor desconhecido e igualmente inepto. Que nos poupem do assassino de Getúlio.

Uma porcaria. Digo isso porque os diretores brasileiros continuam péssimos em filmes épicos. O enquadramento é péssimo. Quase de novela da globo. A fotografia não consegue transportar o espectador para a época. E principalmente o som que ganhou os prêmios: pessima edição. Não combinam com a realidade. Apenas uma coisa que salvou foi o roteiro adaptado que diverte bastante. E por aí vai. Ainda iremos conseguir. Salve a nova geração, abaixo a antiga setentista e oitentista!

Para quem já leu os livros de Sherlock Holmes realmente ficará um pouco desconcertado ao ver que o personagem do livro foi satirizado; modificado no filme e dado como um impostor! Mas a idéia de Jô Soares era dar um ar brasileiro ao personagem, meio desconfiado sobre o brilhantismo do detetive. A confusão do sotaque britãnico tendendo para um português de Holmes é muito engraçado. A cena que Watson recebe a pomba-gira, ou a invenção da caipirinha são cenas hilárias. A cena do último assassinato é incrível! A iluminação e o silêncio completam a cena como a uma simbiose cinematográfica, mostrando que uma cena bem feita não precisa de efeitos especiais. Acho que este é o melhor filme brasileiro, muito bem caracterizado, ótimos atores, e cenas engraçadíssimas! Vale a pena! Eu recomendo!

Gostaria de ter lido o livro do Jô para fazer uma comparação. Li vários livros com o personagem Sherlock Holmes e adorei o personagem aqui. Achei engraçado o que ele faz e principalmente, o que deixa de fazer (sem detalhes para não dar spoiler). A história, no entanto, ficou fraca. É como se tivesse faltado alguma, ou várias coisas. O personagem do Dr. Watson é divertidíssimo.

PS: Não sei se o livro deixa transparecer como o filme, mas achei o assassino extremamente óbvio :(

Bem produzido e bem atuado, mas sofre com um problema que assola 9 entre 10 filmes baseados em livros: seus roteiros ficam muito aquém dos livros nos quais se basearam. Mas ainda assim é diversão garantida, principalmente se comparado com algumas "bombas" americanas lançadas ultimamente...

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