Impressionante. Assim posso definir este filme do diretor Alfred Hitchock. É impressionante o modo como Hitchcock consegue fazer com que haja sempre uma personagem em cena que na verdade não é interpretado por atriz nenhuma. A Rebecca do título já começa o filme morta, mas temos sempre a nítida impressão que ela está em todos os cantos, olhando o que os personagens principais fazem. Em determinados momentos podemos até visualizá-la em nossas mentes, a partir de cenas relatadas por Laurence Olivier. Mas "Rebecca" não é um grande filme apenas por causa disto. Há também a belíssima atuação de Joan Fontaine, que transmite todas as sensações de sua personagem, desde a ingenuidade inicial até seu amadurecimento, passando pelas pressões que sofre ao chegar em sua nova casa. Há também a própria casa, impressionante e ameaçadora para a "novata" Joan Fontaine, que vê em todos os cantos lembranças da primeira esposa de seu marido. E tem também a própria história, que apresenta sempre novidades inesperadas, que supreendem o espectador. Por tudo isso, "Rebecca" é um filme que merece sim ser considerado como um dos melhores de Hitchcock e, por que não, também um dos melhores deste mais de 100 anos de cinema."