Em Não Sou Nada, acompanhamos, em carne e osso, os heterônimos de Fernando Pessoa, todos trabalhando juntos em torno do poeta numa casa editorial chamada O Clube do Nada. É nesse local, habitado por todas as famosas (e nem tão famosas) encarnações de Pessoa, que o artista consegue concretizar suas ideias, seus sonhos e ambições literárias. Apesar de se vestirem iguais e se assemelharem na aparência, cada heterônimo se difere completamente em personalidade, estilos, filosofias e passados, especialmente o insano e ultrajante Álvaro de Campos. Enquanto os choques de interesse e desejos transformam a psique de Pessoa num campo de batalha dramático, seus heterônimos são assassinados um por um. Álvaro tenta disputar a autoridade e, para desestabilizar mais ainda a cabeça de Pessoa, uma mulher sofisticada entra em cena, transformando-se num misto de musa e amante.