Ursinho Pooh: Sangue e Mel é uma reinterpretação grotesca do clássico infantil que mistura terror e uma pitada de humor negro. No entanto, o que parecia ser uma proposta ousada e original rapidamente se transforma em um desastre. A ideia de transformar Pooh e seus amigos de infância em personagens de um slasher horroroso é, sem dúvida, interessante, mas a execução não corresponde às expectativas.
O filme é mal feito em vários níveis. A direção de Rhys Frake-Waterfield tenta criar uma atmosfera sombria, mas acaba sendo apenas desajeitada e desconexa. As cenas de violência são forçadas e não provocam o tipo de choque ou emoção que um bom filme de terror deveria gerar. Em vez disso, elas parecem saídas de um filme de baixo orçamento, sem qualquer tensão ou envolvimento emocional.
O elenco, por sua vez, não consegue salvar a obra. As atuações são frágeis, e os personagens – que deveriam trazer uma certa nostalgia – se tornam caricaturas sem profundidade, perdendo qualquer conexão com os amados personagens da história original. A tentativa de humor negro e o tom "irreverente" se mostram mais irritantes do que engraçados, forçando o público a se distanciar do que poderia ser um filme divertido de terror.
Ursinho Pooh: Sangue e Mel é um daqueles filmes que tenta ser provocador e polêmico, mas se perde na execução, se tornando um exemplo de como não transformar um ícone infantil em um filme de terror. Com um roteiro fraco, direção sem foco e personagens sem alma, o filme deixa mais uma sensação de desconforto do que de entretenimento.