Surrar a Igreja Católica, cachorro morto em meio à intelectualidade "progressista", tem passe livre, não não põe em risco de "cancelamento" nenhum os responsáveis. Ainda mais se a narrativa se apresenta em termos criptofarsescos, de fácil apelo aos estereótipos e chichês sobre a "Santa Madre" que se cristalizaram nos últimos 50 anos. Quando a bomba explode junto à Capela Sistina, até se chega a pensar, por instante, que a sequência se revelará pesadelo do cardeal "sério" ... Que nada, o escracho simplório, feito para agradar o boçal amestrado, a partir de então, rola solto, sempre em chave "realista". O hermafrodita que engana o cardinalato com mensagem do bem e, na ótica dos criadores, aponta simbolicamente para o espírito que deve passar a ser o da Igreja, para a corrupção ser vencida, serve de apoteose para a canastrice empurrada boca adentro de um público infantilizado. Para ser o American Pie para gente que se acha crítica, politizada e "cult" só faltaram os ruídos de flatulências durante os momentos de silêncio do "Conclave".