"Love Lies Bleeding" apresenta um ritmo envolvente que mantém o espectador cativado ao longo da maior parte do filme. Esse mérito é atribuído ao excelente trabalho de design de produção, que habilmente transmite a atmosfera dos anos 80, e à construção meticulosa dos personagens, que se desenvolve de forma coerente com os elementos da trama, que envolve o uso de esteroides até os relacionamentos entre as protagonistas e os eventos criminais que se desenrolam, cada elemento contribui para envolver o público na narrativa, garantindo um interesse contínuo até o desfecho da história.
No que concerne às protagonistas, Kristen Stewart dissipou quaisquer dúvidas remanescentes sobre seu talento, especialmente após sua atuação impecável em 'Spencer'. Neste novo papel, ela reafirma sua versatilidade com uma interpretação brilhante. Stewart atua como um contraponto a Katy O'Brian, destacando-se por sua expressão corporal, enquanto demonstra igual competência em momentos de intensidade dramática. O elenco é complementado pela presença marcante de Ed Harris em um papel coadjuvante, uma escolha que contribui para a excelência da produção.
Alguns espectadores expressaram descontentamento com o desfecho do filme, apontando para algumas lacunas e interrupções no ritmo narrativo. Na minha análise, a intenção da diretora Rose Glass foi transmitir como o amor tem o poder de influenciar nossa perspectiva e compreensão de determinados assuntos e até mesmo das pessoas, dependendo do contexto em que nos encontramos. A abordagem mais surreal adotada no desfecho é uma escolha audaciosa e talvez uma marca registrada da diretora, podendo enriquecer ou prejudicar a experiência do espectador em Love Lies Bleeding.