Corsage: Críticas

Um corpete ou espartilho, o "corsage" do título, é o objeto que além de marcar fisicamente o corpo da imperatriz Elizabeth da Áustria, representa a prisão em que ela passa a viver ao alcançar a velhice, aos quarenta anos. O desconforto por ser obrigada a participar de uma sociedade pela qual ela já não tem interesse e, ironicamente, a quem procura obsessivamente contentar mostrando um perfil físico que já não possui permeia todo o filme. Assim, tracionar o cordão do espartilho, ato repetido com um certo exagero, torna-se uma metáfora dos desejos reprimidos para a imposta adequação à sociedade. A cena final, embora trágica, é de uma beleza visual ímpar.