Média
4,1
123 notas
Você assistiu I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston ?
4,5
Enviada em 13 de janeiro de 2023
Roteiro esperto que apresenta a vida e a artista excepcional de uma época com brilho e desenvoltura, além das belíssimas músicas. O fechamento com o auge da cantora faz a diferença. Imerdível!
4,5
Enviada em 28 de janeiro de 2023
O filme é de arrepiar, com cenas emocionantes, tristes e com muita música. É enfatizado muito mais a fama da cantora do que os problemas que ela enfrentou, o que é justo, uma vez que ela foi grandiosa e seria decepcionante um filme com grande ênfase nos desastres que sucederam sua fama
4,0
Enviada em 4 de fevereiro de 2023
COMO AS ONDAS SONORAS
A vida não é só um momento no tempo; todos sabem que ela é um encadeado de momentos felizes, difíceis e renovadores. As cinebiografias se tornaram uma tendência forte no mundo da tela grande. Pôde-se ver ou apreciar o roteiro de astros da música como Elton John e Freddie Mercury.
Chegou a vez de uma estrela desse ramo artístico brilhar novamente em frente às poltronas das salas escuras. Revelação dos anos 1980, a norte-americana Whitney Houston tem, em pouco mais de duas horas, o relato de sua carreira e de sua vida.
Para quem viveu a época, pode lembrar um sucesso atrás do outro, o que aparece gradativamente ao longo do filme. Agora, há a oportunidade de conhecer um pouco mais sua vida pessoal e os bastidores de sua carreira.
As primeiras cenas já abordam uma Whitney adulta, passando a vida no estado de Nova Jérsei. É lá que canta no coro da igreja, supervisionada pela mãe, a também cantora Cissy Houston (vivida por Tamara Tunie). Ela aposta no talento da filha e dá dicas de como cantar; claro, se ela quiser seguir esse rumo...
Fora das aulas e dos cultos, a jovem convive com problemas familiares e conhece Robyn Crawford (papel de Nafessa Williams). A sintonia entre as duas logo se consolida e vai evoluir para momentos muito marcantes. Mais tarde, Robyn é designada pela cantora como sua diretora criativa.
Num show em substituição a sua mãe, Whitney é ouvida por Clive Davis (personagem do versátil Stanley Tucci – o qual contracenou em outros filmes como “O Diabo Veste Prada”); sensibilizado pela voz única, Clive oferece um contrato numa gravadora. E, ao contrário de expectativas, ele será seu empresário e ponto de apoio.
Logo, a fama traz seus frutos doces e amargos: gravações com gente consagrada, brigas, críticas e a ascensão na carreira. A importância de Robyn na vida de Whitney é tão grande que a cena deixa a plateia silenciosa.
Mas, repentinamente, a estrela sente que pode estar próxima do chão quando, num evento de premiação, é indicada mas não fatura o troféu. Irritada, acaba sendo consolada pelo seu futuro marido, Bobby Brown (Ashton Sanders). Ela lhe dá o seu cartão de visitas e, daí em diante, torna-se realidade o sonho de Whitney ter sua família. Inclusive ela faz jogo aberto em outra cena de que pretendia formar uma família.
Ao juntar os momentos de vida narrados pelo filme, nota-se a determinação, a garra e a direção da própria carreira. Sem interferências ou palpites. Às vezes, podem aparecer situações embaraçosas como em entrevistas – prestem atenção naquela em que Whitney é sabatinada na rádio.
Outro empecilho é ser uma cantora negra adorada pelos brancos e não repetir o mesmo sucesso entre a gente de sua própria cor de pele.
À medida que a fama vai ficando pelo olhar do retrovisor, empecilhos (o elemento que dá a tônica no desenvolvimento do filme) marcarão o destino da “Namoradinha da América”.
Gastos excessivos, dívidas, má administração feita pelo pai, John Houston, sumiço de cartões, traições do marido e o afundamento perigoso em álcool e drogas desfigurarão a cantora. Aliás, é desconcertante a cena da descoberta das “puladas de cerca” de Bobby, recebendo um ultimato forte, e mostrando a firmeza inabalável da personalidade de Whitney.
Enquanto a porta do inferno se abre, a cantora de fibra e de notas longas coleciona retomadas como a participação em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela e a honorável apresentação na final do Super Bowl. Em meio a isso, vem sua primeira e única filha, Bobbi Kristina. No filme, deixa-se entrever uma ternura e uma ligação sensível e bonita entre as duas.
Ambiciosa, Whitney tem a ideia de fazer um filme, o “Guarda Costas” em que faz par com o ator Kevin Costner. A cena dessa proposta é bem-humorada e vale a pena.
Aconselhada por Clive a gravar novo disco, Whitney topa, e é aí que mais uma vez as letras cantadas por ela têm alguma relação com a sua vida fora das luzes do palco. Tanto é que grava uma canção de conteúdo crítico e a lança num clipe. Em seguida, Clive a aconselha a se internar numa clínica para vencer o vício.
Com o pai à beira da morte, a cantora o visita e joga na cara dele o que ele não conseguiu fazer: gerar as contas e a fortuna adquirida com muito suor pela filha. Os diálogos são na base de troca de farpas.
Entre os altos e baixos, assim como as ondas sonoras, Whitney Houston encarna a coragem e decide retomar seu posto de diva: aparece no programa de Oprah Winfrey, cantando uma canção, cuja letra tem muito a ver com todas as experiências vividas. Ponto alto da película.
Ainda assim, recebe algumas rasteiras do destino, quando sai em turnê e não consegue a empatia do público na Europa.
Guerreira, a cantora luta pela sua carreira e contra o estereótipo de uma representante de uma época. Tem tino, talento – o que também é válido para Naomi Ackie, a atriz principal.
À sua volta, há gente que nem sempre entende assim, procurando uma brecha, uma queda, um “furo”, acarretando a perda de sua confiança em pessoas próximas. Sua batalha contra as drogas foi perdida numa morte acidental – ao invés de dizerem por aí o contrário; mesmo assim, não dá para se emocionar do meio para o fim, ao se ver a ambiguidade vivida entre vida pessoal e vida profissional.
É o mote da vida real de uma estrela, o que consequentemente amarra o mote do filme, narrado com sobriedade, delicadeza e sem ser piegas. Como disse o dramaturgo Nelson Rodrigues: “a vida como ela é”, já que a cantora se envolve com drogas mais cedo do que foi divulgado em seu momento de ostracismo pelos tabloides.
Aproveitando o gancho: o filme é seguro, conduzido por uma narrativa uniforme, sem derrapar ao abordar os diversos lados da estrela. Assim como é segura a mulher Whitney, pessoa à frente do seu tempo. Ambos transmitem autenticidade.
Também é real como Whitney, principalmente em momentos de baixa, mantém sua voz e a estende pelos compassos. O filme não deixa passar isso incógnito. Ele consegue transmitir com propriedade uma grata revelação musical, além de ser empreendedora, administradora da própria carreira, carismática, doce e sensível. Estes últimos adjetivos são inerentes à pessoa de Whitney.
A princípio ela não tem nada, tem tudo, uma vez que emparelha com outros astros da música. Volta a ter nada, mas soube ter o maior amor de todos. Coisas que seus títulos de sucesso a desnudam. O que ela precisava era dançar com alguém, com um parceiro de verdade.
Gian

12 críticas

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4,5
Enviada em 25 de março de 2023
É um filme linear, saudosista, feito para apresentar ao público novo uma das maiores vozes que já existiram. Não é um filme feito pra surpreender a todos, não se aprofunda nas grandes polêmicas, e claramente não foi feito pra isso. Pode ser considerado raso, vazio e esquecível para aquele cinéfilo voraz acostumado a cinebiografias profundamente dramáticas e que focam de forma dolorosa nos grandes dilemas dos artistas, mas funciona bem para os fãs como eu, que tiveram Whitney na trilha sonora de boa parte da sua vida. No final, fica a grande questão: quem tem maior prazer ao ver um filme assim? O cinéfilo que não sentiu emoção alguma, esperou grandes polêmicas serem abordadas profundamente e se decepcionou, e no fim de tudo, não teve imersão alguma na trama e achou que perdeu seu tempo? Ou o espectador que se deliciou revivendo cada momento, teve empatia pelo sofrimento e desilusão desta espetacular figura da mídia, e emocionou-se sabendo da trajetória dolorosa dessa estrela até o final de sua vida? Assisti junto com 4 amigos meus, inclusive dois tem menos de 30 anos... E os quatro ficaram maravilhados. Eu apenas achei bom, cumpre seu papel, e me emocionou em alguns trechos me remetendo ao período da minha vida em que ouvia tais hits e acompanhava pela mídia o drama pessoal de Whitney. Valeu a pena sim.
4,0
Enviada em 15 de janeiro de 2023
O roteiro é muito bom e a atriz excelente. Vale a pena conhecer a história e relembrar as músicas. Apesar de ser longo, você não percebe o tempo passar…
4,0
Enviada em 16 de abril de 2023
Espetacular forte intenso e emocionante.
Fico triste ver artistas como M.j Amy Winehouse e Whitney Houston partir cedo demais. Como um cara falou quando M.J morreu se ele tivesse 1% do amor qie esta recebendo agora ele estaria aqui entre nós. Os abutres da imprensa pmassacram perseguem coemoram a desgraca dos outros por uma capa, uma exclusiva. Lembro quando a Whitney Houston saiu da clinica de reabilit Foi em um programa de auditorio. Ao inves de receber apoio e amor . Era so pergunta das ddogas e insistindo nesse assunto. Lamentável.
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