É um filme linear, saudosista, feito para apresentar ao público novo uma das maiores vozes que já existiram. Não é um filme feito pra surpreender a todos, não se aprofunda nas grandes polêmicas, e claramente não foi feito pra isso. Pode ser considerado raso, vazio e esquecível para aquele cinéfilo voraz acostumado a cinebiografias profundamente dramáticas e que focam de forma dolorosa nos grandes dilemas dos artistas, mas funciona bem para os fãs como eu, que tiveram Whitney na trilha sonora de boa parte da sua vida. No final, fica a grande questão: quem tem maior prazer ao ver um filme assim? O cinéfilo que não sentiu emoção alguma, esperou grandes polêmicas serem abordadas profundamente e se decepcionou, e no fim de tudo, não teve imersão alguma na trama e achou que perdeu seu tempo? Ou o espectador que se deliciou revivendo cada momento, teve empatia pelo sofrimento e desilusão desta espetacular figura da mídia, e emocionou-se sabendo da trajetória dolorosa dessa estrela até o final de sua vida? Assisti junto com 4 amigos meus, inclusive dois tem menos de 30 anos... E os quatro ficaram maravilhados. Eu apenas achei bom, cumpre seu papel, e me emocionou em alguns trechos me remetendo ao período da minha vida em que ouvia tais hits e acompanhava pela mídia o drama pessoal de Whitney. Valeu a pena sim.