Altered Carbon: Nova Capa: Críticas

Altered Carbon começou com obras literárias sobre um mundo futuro onde o homem conquistou até a morte, nesse caso como ficaria a "moral" e "ética" da sociedade vigente, partindo da premissa que o ser humano conseguiu se igualar e chegar ao patamar de um Deus, vale ressaltar aqui que esses Deuses são pessoas ricas, que escolhem qual a "capa" que irão ocupar, escolhendo os melhores corpos para tal.

A premissa dessa obra já é excelente pois demonstra que não importa a época, a desigualdade entre ricos e pobres continua, que a "justiça" sempre irá prevalecer na mão de quem tem poder, isso significa de quem tem dinheiro. Essa obra já foi adaptada antes, em uma série da Netflix que demonstrou potencial, contudo se perdeu no meio do caminho ao recorrer para clichês narrativos, buscando a facilidade com o intuito de ter um retorno financeiro rápido e fácil.

O que é totalmente diferente quando se olha para esse filme que de forma acertada foi feito em uma animação (que poderia ter tido mais investimento e ser feita de forma melhor) razoável com uma história que demonstra a falta de limites quando concedem vida eterna a uma pessoa que é poderosa, não somente financeiramente, mas também no mundo do crime, sendo nesse caso um chefe Yakusa. O personagem principal têm até então sua melhor retratação na mídia, demonstrando sua força, forte convicção por ter vindo das classes sociais mais baixas e mais abusadas e sua fragilidade por não ter conseguido proteger as pessoas que mais amou na vida.

Nesse tempo de pandemia, essa animação está se tornando uma das melhores do ano, com um roteiro coeso, claro, direto e que fugiu em grande parte das velhas facilitações narrativas que são habituais em filmes que possuem prazo apertado e com roteiristas com pouca imaginação, mesmo tendo uma fonte tão rica como os livros de onde provém essas histórias.