Não chega a ter um roteiro muito elaborado e a dublagem para o português é sofrível em vários personagens, mas ao menos o filme termina bem... Dá pra passar o tempo. O filme também chegou a me causar algumas tensões e até mesmo raiva.
Gosto muito que as produções asiáticas tem sempre lições valiosas e humanas a serem passadas.
Os pais, por mais que amem seus filhos e queiram que eles sejam alguém na vida, não podem pressioná-los ao ponto de eles enlouquecerem.
O vilão não teve culpa por ser despedido do trabalho e a mãe dele não demonstrou nenhum apoio a ele nessa situação. Faltou incentivo e acolhimento por parte dela, ao invés de cobrança e rebaixamento.
Também pudemos ver a nobreza de uma menina que mesmo sofrendo bullying, ainda assim se importava com seus colegas. O filme também ensina que as pessoas não devem sair por aí discriminando outras sem nem mesmo conhecer o que elas passam ou se tal doença é contagiosa ou não.
De certa forma, me vi na pele dessa garotinha porque sofria muita alergia por causa das picadas de insetos quando criança e já fui discriminada por isso também, até para frequentar clubes. Andava de calça jeans e tinha vergonha de mostrar as pernas. Eu sabia que aquilo não era contagioso, mas não podia evitar o olhar de nojo, deboche ou de recriminação das pessoas. Isso me doía bastante.
Outra lição valiosa é a de superar os próprios medos e também a de superar a culpa por ter que fazer a coisa certa ainda que isso resulte em perdas. Foi dito que é normal quando as pessoas, ao terem medo, ficarem fora de si e saírem culpando quem tomou tal decisão correta, mas muitas vezes, se elas estivessem na pele de quem acusam, com certeza optariam por tomarem a mesma decisão.
E por último, o amor é o que faz a rosa da vida girar. Por amor a sua esposa, o sargento decidiu sacrificar sua própria saúde para obter a cura da doença e assim salvar não só sua esposa como todos os passageiros.
Por amor, os passageiros também tomaram a decisão certa em não pousar para não infectarem quem eles mais amam.
Vemos que a vida não funciona quando o egoísmo impera e quando não há humanidade ou solidariedade.